SEM ACORDO SOBRE A PEC 300, POLICIAIS E BOMBEIROS AMEAÇAM PARAR OS AEROPORTOS.

Acampados na Câmara Federal desde a manha da ultima terça-feira (09), os mais de mil policiais e bombeiros militares, começam a deixar Brasília, já que não conseguiram convencer o presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT), a colocar para votação, a PEC 300, que criaria o piso nacional dos militares.

Revoltados com Maia e com a bancada do PT, que desde o inicio se posicionou contraria, os PMs e BMs realizaram uma assembléia onde ficou definido que terá inicio, a nível nacional, um boicote às obras de construção de estádios para a copa do mundo e também o fechamento de aeroportos, principalmente nas cidades onde serão sedes da copa.

Para o deputado federal Mendonça Prado (DEM-SE), presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), o que falta é interesse por parte do governo. Segundo Mendonça, 11 governadores já se posicionaram favorável à PEC. Mendonça que é defensor da PEC, desde a sua criação, disse acreditar que a votação venha a ocorrer.

Representantes de Sergipe também se fizeram presentes à manifestação. Com apoio do deputado capitão Samuel Barreto, o presidente e vice da AMESE, sargentos Jorge Vieira e Edgard Menezes, por telefone, disseram à redação do FAXAJU, de suas decepções.

Para o presidente Amese, sargento Jorge Vieira, a luta pela PEC 300 “volta a estaca zero”, graças ao Partido dos Trabalhadores. “ O que há aqui em Brasília, é um sentimento de revolta e indignação. Mas o que mais nos entristeceu, foi a atitude de um conterrâneo nosso, o deputado federal Marcio Macedo, também do partido dos trabalhadores, que mostrou ser contrario a criação do piso nacional das policias”, desabafou Vieira.

Ainda segundo o sargento, o deputado Marcio Macedo demonstrou sua posição contraria a votação, quando na tarde de hoje, pediu um aparte na fala do presidente da casa e disse que “é preciso rever essa situação, pois se for aprovado essa PEC, outras categorias vão querer reivindicar”, disse Marcio.

Ao ouvir essas declarações feitas por um sergipano, o vice presidente da Amese, Edgard Menezes, disse que só uma frase a ser usada para esse fato: “Indignação em ver um sergipano lutando contra seus irmãos e outros irmãos de outros estados. É lamentável o posicionamento do PT. E olha que é o partido dos Trabalhadores”, desabafou Edgard.

Fonte: Faxaju (Munir Darrage)