Caixão passou por um corredor humano formado por colegas de farda (Fotos: Portal Infonet)
A comoção foi visível entre familiares, amigos e colegas de trabalho, durante o sepultamento do corpo do cabo da Polícia Militar de Sergipe, Joeliton dos Santos, 47, assassinado durante um show de uma banda que empresariava. O crime aconteceu na noite desta terça-feira, 9 no bairro São Conrado, há poucos metros da casa do policial.
No sepultamento [final da tarde desta quarta-feira, 10 no Cemitério Helena Alves Bandeira-Atalaia], o comandante da Polícia Militar de Sergipe, coronel Maurício Iunes afirmou ser uma perda significativa, principalmente pelo fato de mesmo estando de folga, o cabo agiu em prol da sociedade.
Sepultamento com honras militares
“É a demonstração de que mesmo de folga, nossos policiais militares estão em prol da sociedade sergipana. Espero que a sociedade possa atentar para esse detalhe, que os policiais militares mesmo de folga, desempenham as suas atividades”, destaca coronel Iunes.
Momento em que os policiais conduzem o caixão ao cemitério
Prisões
De acordo com o comandante do Policiamento da Capital, coronel Luiz Azevedo, duas pessoas com ligação direta com o crime foram presas e um terceiro porque ajudou a esconder o carro. “Dois ligados diretamente com o crime estavam dentro do veículo golf e o terceiro ajudou a esconder o carro no mangue do São Conrado. Faltam ser presos quatro, mas já sabemos quem são todos eles”, alerta acrescentando que levaram a arma do policial.
Crime
"Ele estava nessa festa com uma pequena banda que ele é empresário e veio outro grupo e colocou um paredão próximo e começou um atrito. Mas, na verdade, ficamos sabendo que foi uma briga de uma quadrilha do tráfico de drogas do Pantanal com uma quadrilha do São Conrado. Eles trocaram tiros e foi na hora que o Joeliton fez a intervenção. O policial sergipano tem uma característica diferenciada, é um policial 24 horas por dia, independente de estar a serviço ou não. Mesmo estando de folga, ele se sentiu compelido a intervir numa situação que estava realmente complicada e infelizmente veio a óbito. A sociedade foi quem perdeu um guardião”, enfatiza lembrando que o cabo era policial da 4ª Companhia do 1º Batalhão.
Companheiras
Na porta do cemitério, a viúva Zelma Barreto pediu Justiça. Ela estava ao lado de familiares e da filha de 14 anos, que teve com o cabo Joeliton. "Eu peço justiça porque a violência está muito grande. Ele era muito dedicado, trabalhou em várias companhias, um pai de família que sempre morou no São Conrado. Eu estava na hora, mas não vi o momento do crime, foi muito rápido", ressalta.
“Eu tinha uma união estável com ele há oito anos e me encontrava na cena do crime, mas não vi o momento em que Joeliton caiu. Eu estava com a esposa do baterista e os dois filhos, estava na quarta música quando começou o tiroteio. Foi tudo muito rápido. Pegamos as crianças e eu subi no trio, quando vi ele passar correndo, ainda gritei, mas depois só ouvi as pessoas dizendo que Joeliton estava morto”, ressalta Cristiane Menezes acrescentando não ter filhos com o policial.
O cabo Joeliton Santos deixou cinco filhos.
Fonte: Infonet (Aldaci de Souza)
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