O assassinato de um cobrador de ônibus foi o assunto na cidade. Em cada canto uma opinião e a maioria conduzia à revolta pela forma como esses bandidos são tratados. Um mendigo, que faz pontos nos sinais, bradou que ‘esses vagabundo têm que ser morto’. Exagero da revolta contida. Mas todos cobravam – e continuam cobrando – medidas urgentes para reduzir a violência fria que parte desses menores armados.
É fácil constatar que interesses financeiros podem superar a prevenção da violência. O atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luis Garibaldi, apresentou projeto, já transformado em lei há alguns anos, que proibia os chamados ‘busdoor’ no parabrisa traseiro dos ônibus.
Empresários da área de transportes entraram com recursos e um juiz determinou que a lei fosse escanteada, em benefício da publicidade no parabrisa traseiro, o que facilitou a ação dos marginais nos assaltos, como o que ocorreu quarta-feira, seguido da morte do cobrador.
O que teria feito um juiz optar pelos busdoor e acolher recurso de empresários, mesmo sabendo que a publicidade impediria a visibilidade do que ocorria no interior do ônibus?
Mas, o deputado Garibaldi já acionou a assessoria jurídica da Alese para retomar a lei que retira a publicidade do vidro traseiro, a fim de dar maior segurança a quem utiliza o transporte coletivo.
As autoridades da área de segurança têm que encontrar uma forma que dê segurança a milhares de passageiros, cobradores e motoristas que usam esse meio de transporte, para que não tenhamos mais e mais assaltos que começam a deixar a sociedade atônita e desprotegida. Não dá para cruzar os braços e deixar a marginalidade dominar a cidade e promover novas vítimas, para servir apenas de lamentações, indignações e a sensação de que os bandidos estão ganhando a batalha.
Fonte: Faxaju (coluna Politizando do jornalista Diógenes Brayner)
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