A falta d’água registrada na Grande Aracaju não pode ser considerada uma fatalidade, como insinuou da Europa o governador Fábio Mitidieri (PSD). É mais provável que essa grave crise hídrica seja resultado da falta de manutenção da Adutora do São Francisco, construída há mais de 40 anos. Essa suspeita aumentou após a velha tubulação ter rompido três vezes em menos de um mês. Ocorrida em 20 de agosto último, o primeiro incidente deixou cerca de 279 mil imóveis sem água por dois dias em Aracaju, Socorro e Barra dos Coqueiros. Agora foi mais grave: desde a última sexta-feira que equipes da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) tentam consertar a tubulação, rompida em dois lugares e em dias diferentes. Pior é que só ontem o governo Mitidieri resolveu reuniu o comitê de crise e contratar caminhões-pipa para socorrer a população. No sertão sergipano a situação é bem mais dramática, pois a tubulação da Adutora do Semiárido rompe com frequência, deixando com sede mais de 100 mil pessoas em nove municípios. É deveras lastimável que o governo Mitidieri tenha terceirizado parte da Deso por R$ 4,2 bilhões com a promessa de acabar com as faltas d’água em Sergipe, porém o que estamos assistindo é o retorno dos ultrapassados carros-pipa, inclusive nas ruas da capital sergipana. A continuar assim, logo, logo veremos pessoas com latas d’água nas cabeças em pleno século 21. Home vôte!
Fonte: blog do jornalista Adiberto de Souza

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