Bandidos querem tomar conta do estado de Sergipe. Embora pequenino, o menor da federação, mas não estão conseguindo. Insistentes e persistentes, eles atacam dia e noite. São assaltos, roubos, assassinatos e seqüestros. O crime acontece e em menos de 24 horas, grande parte é elucidada pelas policias civil e militar de Sergipe.
Sergipe nunca viu uma policia (PM e PC) tão atuante como está que embora reduzida (quase acabando) tem mostrado que bandido bom é na cadeia. Esta semana, os marginais resolveram medir força com a segurança publica do estado de Sergipe. Na luta que teve apenas dois round, eles venceram a primeira (conseguiram o intento) ao roubarem em menos de 48 horas, três estabelecimentos bancários, só que pouco tempo depois, foram nocauteados. A policia conseguiu prender os assaltantes, recuperar o dinheiro e colocar os marginais na cadeia.
Com isso, a sociedade e os bandidos sabem que a policia não está brincando. Só que mesmo sabendo que o estado tem uma policia atuante, as ações criminosas devem aumentar e não por conta da repressão ou do combate que é feito diariamente pelas policias, mas por eles e o resto do mundo saber que cada policial civil e militar tem a função de outros 20. Ou seja, com o déficit na policia, cada policial tem que desenvolver o trabalho de outros 20 policiais.
Nesta semana, delegados, agentes e investigadores da policia civil e o comandante da PM mostraram como se faz segurança. Ainda nesta semana, o comandante da policia militar, coronel Mauricio Iunes mostrou como se comanda uma tropa, ao participar pessoalmente e ativamente das prisões dos assaltantes de banco. A cúpula da PC e o coronel Iunes tem uma característica que agrada a população e claro, desagrada os fora da lei. São operacionais. Eles não mandam, são eles que pegam na “cabeça do boi”.
Tudo muito bonito e merecedor dos “aplausos” da população, mas como o índice de criminalidade continua crescendo, alguém precisa ser “vaiado”. Ai a “cobra pode fumar”, porque todos, cúpula da SSP, comando da PM, deputados (estaduais e federais) sabem onde está o problema, só que não agem. No caso dos comandantes da PM e PC, não pode ser feito. São subordinados ao comandante maior: o governador do estado, Marcelo Deda Chagas, que alem de enfrentar a pior fase de sua vida, já que luta contra um câncer, no momento está preocupado em aprovar um empréstimo, o Proinvest que aliás, ontem ele mesmo disse que não tem condições de saúde para lutar por esse emprestimo.
Ainda nesta semana o governador jogou um balde de água nos sonhos da população e dos policiais civis e militares ao afirmar que “estamos no limite prudencial e não podemos fazer contratações. O concurso para as policias deve sair no final do ano”. Após as declarações do governador, uma pessoa me perguntou: “que palavra bonita essa limite prudencial que o governador tanto fala. Mas e nossas vidas não estão no limite prudencial?”. Pois é, aos olhos do governo, da burocracia e da política não está.
É preciso que o governo e os deputados federais e estaduais revejam o caso e volto a repetir, nunca Sergipe viu uma policia tão atuante, mas como pode um homem ser obrigado a proteger outros mil e quinhentos, ou seja, para cada mil e quinhentos habitantes, há apenas um policial para lhe “dar segurança”. Claro que não vai conseguir.
Resumindo tudo isso: no final do ano, a policia militar deve estar com um efetivo de 3.500 homens (pouco mais ou pouco menos) para garantir a segurança durante a maior previa carnavalesca do Pais. Mesmo que aconteça o concurso, quando os alunos estiverem prontos e aptos para o trabalho, o numero não será suficiente para suprir o déficit.
O proinvest, as obras “estruturantes” são importantes, mas não são mais importantes do que a vida dos sergipanos que hoje não tem nenhum tipo de proteção. Os políticos de Sergipe precisam decidir o que mais importante, se “as obras estruturantes” ou a vida da população sergipana que hoje está entregue à própria sorte.
Com a palavra (urgente) as autoridades políticas deste estado.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
Parabéns pelo lúcido artigo escrito por este brilhante jornalista chamado Munir Darrage. Os militares sergipanos podem contar com um jornalista ético e descente.
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