Na manhã de ontem, a assessoria jurídica da Associação da Polícia Militar de Sergipe (AMESE), através do advogado Márlio Damasceno, oficiou a Promotoria do Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Estadual(MPE) e a Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE, que têm à frente, respectivamente, os promotores de Justiça Jarbas Adelino e Thiago José de Carvalho Oliveira, acerca das péssimas condições de trabalho que policiais militares do Grupamento de Escolta de Presos (GEP) da PMSE/DESIPE, estão sendo expostos.
Nos ofícios encaminhados o advogado Márlio Damasceno faz menção à matéria veiculada no blog Espaço Militar e com repercussão na imprensa sergipana, onde policiais militares que exercem suas atividades no GEP, estão sendo submetidos a uma carga excessiva de trabalho, qual seja, chegando para trabalhar às 7 horas para iniciarem seu expediente, porém, não tendo hora para o encerramento deste, podendo se dar às 20h, 21h e até mesmo às 00h, de segunda a sexta.
Outro fato destacado nos expedientes encaminhados, é que os PMs do GEP não recebem diárias quando viajam, as quais só são pagas posteriormente, muitas vezes com atraso excessivo, sem um cronograma pré-definido, bem como, não recebem ticket alimentação, tendo que muitas vezes mendigarem um almoço nos municípios, para não passarem fome.
Além de todos estes problemas o assessor jurídico da AMESE, abordou as péssimas condições das viaturas da Secretaria de Justiça (SEJUC) para transporte dos presos e dos PMs que estão fazendo a escolta, cujos veículos, em sua grande maioria, estão sucateados, colocando em risco a vida dos policiais militares, do motorista e do preso.
Por fim o Márlio destacou ainda, que prova das péssimas condições disponibilizadas aos policiais militares que estão desempenhando suas atividades no GEP, é que os mesmos, muitas vezes têm que se deslocar fardados para o trabalho, visto que o alojamento disponibilizado mais parece um depósito de entulhos, encaminhando anexo ao ofício, foto e matéria publicada e reproduzida na imprensa.
A assessoria jurídica da AMESE espera que providências sejam adotadas, urgentemente, tanto pelo Ministério Público, quanto pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE, pois não é justo e digno que policiais militares trabalhem de forma tão degradante.
Fonte: Jornal da Cidade
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