Foto: Sintese
“O governo atrasa pagamentos porque prioriza outros compromissos e não o salário dos servidores”. Essa foi a avaliação apresentada pelo economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), Luiz Moura, durante plenária com professores aposentados, nesta terça-feira (13), em Aracaju. Os aposentados e pensionistas de Sergipe receberão parte do salário de agosto nesta quarta-feira (14) e ainda não há previsão para pagamento do complemento.
O economista do Dieese apresentou estudos realizados com base nos dados Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) apontando que a receita do Estado cresceu 4,3% no primeiro semestre, somando R$ 99,8 milhões a mais nos cofres, enquanto as despesas cresceram 2,6% o que corresponde a R$ 59,8 milhões a menos que as receitas.
Ainda conforme os dados apresentados por Moura, os gastos com pessoal subiram, este ano, 1,1% e as despesas que tiveram maior aumento foram os investimentos em obras, equipamentos (63,9%), os juros e encargos da dívida 5,8%, e a amortização da dívida 4,2%.
“Há dinheiro, mas o governo atrasa pagamentos porque prioriza outros compromissos e não os salários dos servidores. Não há transparência, por isso solicitamos ao secretário de Estado da Fazenda, Jeferson Passos, o extrato com os gastos do Governo do Estado para sabermos ao certo como estão sendo usados os recursos. Infelizmente até o momento nada foi passado para nós. Mas está claro que há dinheiro”, afirma Luiz Moura.
Nesta quarta-feira (14), os trabalhadores realizam uma vigília na porta do Tribunal de Justiça, na Praça Fausto Cardoso, em Aracaju, para acompanhar a votação de uma Ação ajuizada pelo Sintese para tentar impedir o Estado de parcelar o pagamento dos salários.
“Dados oficiais, vindos da própria Secretaria de Estado da Fazenda, apontam que o problema não está na falta de recursos, que o discurso de crise é uma farsa. O que sobra então como real problema é a falta de compromisso e o desrespeito aos direitos dos professores aposentados e da ativa por parte do Governo Jackson Barreto”, declara o vice-presidente do Sintese, professor Roberto Silva.O balanço mais recente, divulgado pela Sefaz em agosto, indica que Sergipe registrou, em termos reais, descontada a inflação do período, receita corrente 5,4% menor nos quatro primeiros meses desse ano em relação ao ano de 2015, retratando a influência do comportamento negativo do FPE de -4,19% e o baixo crescimento do ICMS de 1,36%. O impacto nas contas estaduais projetado para o final do ano deve representar uma frustração de receita superior a R$ 294 milhões, segundo a pasta.
Fonte: F5 News
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