quinta-feira, 5 de setembro de 2024

POLICIAL MILITAR É DESARMADO DENTRO DE VIATURA E MORTO A TIROS DURANTE ABORDAGEM EM SANTA CATARINA.



Um policial militar foi assassinado a tiros nesta terça-feira (3) em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, após ser desarmado durante uma abordagem, informou a Polícia Militar. Davi Appel da Silva, de 37 anos, atuava como 3° sargento do 9º Batalhão de PM. O suspeito foi contido por trabalhadores de uma obra nas proximidades e preso em flagrante.

Vídeos flagraram o momento do homicídio. Em uma das imagens (veja abaixo), é possível ver a viatura se aproximando da calçada onde o suspeito aparece caminhando. Antes mesmo do PM parar o carro para a abordagem, o suspeito corre em direção à janela do motorista e começa as agressões.

De acordo com Polícia Civil, Appel fazia rondas no bairro, sozinho e em patrulha comunitária quando identificou o homem que frequentemente perturba a comunidade, especialmente com uso de drogas.

Ainda, segundo o delegado João Westphal, à frente do caso, o autor tem 45 anos, é natural do Rio Grande do Sul e tem diversas passagens policiais (íntegra da nota abaixo).

Segundo o tenente-Coronel Mário Luiz da Silva, comandante do 9º Batalhão de PM, o suspeito possui inúmeras passagens criminais. A abordagem ocorreu às 11h46.

"No momento que foi fazer a abordagem, o marginal, em um ato covarde, conseguiu atacar o policial dentro da viatura. Conseguiu tomar a sua arma e, de uma forma muito covarde, utilizando a arma do policial, conseguiu efetuar alguns disparos contra ele," afirmou à NSC TV.

O velório de Appel ocorre a partir das 8h no crematório Millenium, em Içara, também no Sul de Santa Catarina. As honras militares começam às 17h e a cerimônia religiosa, às 18h, informou a Polícia Militar.

Em uma rede social, o governador Jorginho Mello afirmou que não medirá esforços para que o crime "não fique impune e que o criminoso seja devidamente responsabilizado".

Já a Polícia Militar, em nota, expressou solidariedade e condolências aos familiares, amigos e colegas de Davi.

"Reconhecendo o imensurável sacrifício e dedicação deste herói em servir e proteger a sociedade. Sua coragem e comprometimento com o dever serão lembrados e honrados por todos nós", diz o texto (veja nota completa abaixo).

Davi Appel da Silva foi morto durante uma abordagem em Criciúma — Foto: Redes sociais/ Reprodução

Davi Appel da Silva foi morto durante uma abordagem em Criciúma — Foto: Redes sociais/ Reprodução

Nota da Polícia Militar

É com profundo pesar e consternação que o Comando-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) manifesta suas condolências pelo falecimento do 3° sargento Davi Appel da Silva, de 37 anos, que pertence ao 9º Batalhão de Polícia Militar (Criciúma), quando foi assassinado por um criminoso durante abordagem policial militar nesta terça-feira, 3.

Expressamos nossa solidariedade e sentidas condolências aos familiares, amigos e colegas de farda do policial, reconhecendo o imensurável sacrifício e dedicação deste herói em servir e proteger a sociedade. Sua coragem e comprometimento com o dever serão lembrados e honrados por todos nós.

Neste momento de luto e dor, estendemos nossos mais sinceros sentimentos, enaltecendo a valentia e abnegação de todos os membros da corporação policial militar que diariamente arriscam suas vidas na nobre missão de preservar a ordem pública.

Que a memória e o legado do referido policial militar permaneçam como inspiração e exemplo para todos nós. E que a justiça prevaleça.

Por fim, enaltecendo o valor deste herói, destaco um trecho da canção da PMSC:

"Jamais sejam por nós7 esquecidos".

(Letra e música tenente-coronel PMSC Roberto Kel)

DETERMINO ainda que, a partir do dia de hoje, 3, terça-feira, as insígnias dos Comandantes das OPMs da Polícia Militar de Santa Catarina, por 3 (três) dias, permaneçam a meio mastro. As bandeiras Nacional e de Santa Catarina permanecerão hasteadas normalmente na forma regulamentar.

Nota da Polícia Civil

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios do Departamento de Investigações Criminais de Criciúma (DH/DIC)-, foi informada, inicialmente, de uma ocorrência envolvendo um policial militar em serviço.

O local dos fatos foi na rua Almirante Barroso, no bairro Comerciário, área nobre da cidade e de localização residencial.

No local dos fatos, os investigadores do Departamento apuraram que o policial, identificado como Sgt Appel, de 37 anos, estaria fazendo rondas no bairro, sozinho e em patrulha comunitária. O militar teria identificado um masculino que reiteradamente causa transtornos no bairro, especialmente com uso de drogas, nas proximidades da escola conhecida como Colegião.

O homem estaria nas proximidades da escola e o policial teria o abordado e solicitado que saísse do local. Ao fazer o acompanhamento deste homem, o policial acabou sendo atacado pela janela de sua própria viatura, momento em que foi desarmado pelo indivíduo. Este, então portando a arma do policial, efetuou diversos disparos contra o militar, sendo que, na sequência, dispensou a arma no chão.

Após, o homem foi detido por moradores e trabalhadores de uma obra nas proximidades, que acionaram a Polícia Militar.

A Polícia Civil apurou que o autor dos fatos se trata de um homem de 45 anos, natural do Estado do Rio Grande do Sul, e com diversas passagens policiais, inclusive já tendo atacado outro policial militar, em abril deste ano.

Até o momento, não se tem confirmação de que se trata de um morador de rua.

O homem foi conduzido à sede do Departamento da Polícia Civil, onde está, neste momento, sob a custódia da Polícia Civil.

Será dado continuidade aos trabalhos de investigação do homicídio e a Delegacia de Homicídios formalizará a prisão em flagrante do criminoso.

Após, o preso será encaminhado ao Presídio Regional de Criciúma para posterior audiência de custódia.

Fonte:  G1 SC

Comentário do blog:  O blog Espaço Militar e a ASPRA/SE apresentam seus votos de pesar aos familiares do Sargento Davi Appel da Silva e a todos os policiais miliares catarinenses pela perda do ente querido e colega de farda morto de forma trágica por um marginal. Cadê os defensores dos direitos humanos agora? Vão prestar solidariedade aos familiares do policial militar morto?

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