quinta-feira, 26 de setembro de 2013

RELATÓRIO AVALIA CONDIÇÃO DE TRABALHO DA POLÍCIA EM SERGIPE.

Até então 11 cidades do interior foram visitados pela Amese

Centro de Policiamento em Amparo (esquerda) e instalações de posto de polícia em Lourdes (direita) (Fotos: Amese/ Montagem Nayara Arêdes)

Um novo relatório sobre as condições de trabalho dos policiais de Sergipe está sendo elaborado pela Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese). Até o momento foram visitadas onze cidades do interior, onde delegacias, presídios, Postos de Atendimento ao Cidadão (PACs) e demais unidades de policiamento foram observados. De acordo com a Amese, houve um progresso geral com relação ao que foi registrado na primeira edição do documento, em 2009.

O relatório anterior, protocolado no Comando de Polícia Militar de Sergipe, foi fruto da visita da Associação em todos os 75 municípios do Estado. Desta vez, a primeira remessa de municípios vistoriados para a produção do balanço incluiu Cedro de São João, Telha, Propriá, Carmopólis, Itabi, Nossa Senhora de Lourdes, Canhoba, Amparo de São Francisco, Aquidabã, Muribeca e Gracho Cardoso.

De acordo com o presidente da Amese, sargento Jorge Vieira, a avaliação das visitas foi considerada positiva até o momento. “Nós ficamos felizes de perceber que alguns locais mudaram da água para o vinho. Algumas sedes que ficavam em prédios insalubres foram completamente reformadas ou substituídas, as viaturas encontram-se em bom estado e as condições de trabalho tiveram uma melhora. Alguns exemplos são Telha, Canhoba e Amparo de São Francisco”, diz.

Apesar dos avanços, alguns municípios sofreram retrocesso em relação a 2009. “Em Nossa Senhora de Lourdes nós observamos que a sede está ainda pior que há quatro anos. Os móveis estão destruídos, os colchões estão velhos, o piso está quebrado e solto, as instalações elétricas estão muito precárias... Isso oferece um risco muito grande aos policiais”, relata.

De maneira geral, a Amese verificou um número insuficiente do efetivo policial. “A necessidade de um concurso público é uma realidade no Estado. A falta de policiais é um reflexo da falta de planejamento para a entrada do efetivo. Os governos se preocuparam em abastecer a polícia, mas não tiveram o bom senso de fracionar. Se hoje entrarem cem policiais, no futuro todos eles sairão no mesmo dia. Isso pode ser evitado com a divisão em turmas. A cada três ou quatro meses, uma parte do total de novos policiais entra em atividade para que sempre haja gente trabalhando”, opina.

O documento deve oferecer subsídios ao novo comandante, Maurício Iunes, assim como foi realizado com o então comandante Carlos Pedroso em 2009. A Amese deverá continuar realizando as vistorias, sem data determinada para o fechamento do relatório.

Fonte:  Infonet (Nayara Arêdes e Aldaci de Souza)

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