quarta-feira, 13 de novembro de 2013

PORQUE O MILITARISMO TEM QUE ACABAR.


São vários os motivos para a derrocada do militarismo nas polícias brasileiras, seja pela forma aturdida, ora autoritária como se portou durante as manifestações recentes. Seja pelo modelo "Cosme - Damião", onde se prioriza o modelo ostensivo em detrimento da inteligência, investigação e eficácia na antecipação do crime. Isso a polícia militar, constitucionalmente falando, não deveria fazer. Mas faz, muita das vezes usurpando a função precípua, que seria da polícia civil. Alguns militares do serviço de inteligência, na verdade, quando não estão cometendo o crime de usurpação, se dão ao luxo de se prestarem como uma espécie de luxo de fuxiqueiros, a serviço sabe-se lá de quem ou do que. Já viram algum policial militar ser preso pelo serviço de inteligência, o chamado P2? 
  
Outro argumento forte que por si, já seria suficiente o bastante para decretar o fim do militarismo, é quando alguma denúncia é feita, algo é podre é revelado, e sempre aparece um idiota conservador, e grita ao quatro ventos: - "num tá satisfeito, pede baixa"! - Isso é tão burro, quanto o curso de formação que esse infeliz fez. Se fomos doutrinados a tratar com camaradagem os irmãos de farda; inclusive fizemos o juramento falando isso em alto e bom tom; se ainda fomos educados na cultura militar a respeitar os Direitos Fundamentais e Humanos, ter zelo e inteligência interpessoal seja com o andarilho, seja com o presidente da república...Então porque deveríamos aceitar os abusos cometidos dentro da caserna? Para suportar e se colocar como mártir? Como super homem? Como "exemplo" de disciplina e submissão? Se tem alguns retardados que aceitam lamber aqueles que os humilham isso é problema de quem aceita. Só não podem é querer que todos tenham que aceitar. Se assim o fosse, todos poderíamos fazer qualquer merda quando estivéssemos nas ruas, no tratamento com outro cidadão. E por não podermos fazer isso, é que existem órgãos como o Ministério Público, para que façamos as denúncias. 

Infelizmente muitos colegas têm dito condutas nas ruas, que refletem a forma como são tratados dentro dos quartéis. Por isso muitos estão afastados com distúrbios psicológicos, psiquiátricos, vícios no álcool, crack, cocaína; outros chegam ao suicídio inclusive. 

Será que é esse o modelo ideal? Alguns militares se sujeitam a isso, pela necessidade da profissão, mas, será que os civis, a população se submeteria a isso, em pleno século vinte um?! É por essas e outras que o militarismo nas polícias brasileiras têm que acabar, pelo modelo paradoxal na relação Direitos Humanos versus Direitos Humanos.

Fonte:  Blog do Anastácio

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