quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

DISTRITO FEDERAL: OPERAÇÃO TARTARUGA - PUNIÇÕES A VISTA, NEGOCIAÇÃO NÃO.

Antes tratada nos bastidores, a queda de braço entre praças e oficiais se tornou pública com a intensificação da Operação Tartaruga. Após a ousada ação de espalhar faixas e outdoors pela cidade incitando policiais e bombeiros a não trabalharem, veio a primeira resposta firme do alto escalão. Ontem, a Casa Militar e o Comando da PM determinaram a abertura de um Conselho de Disciplina para apurar a conduta do vice-presidente da Associação de Praças (Aspra), sargento Manoel Sansão. Ele admitiu o financiamento de material com insultos ao GDF e, desde o início do ano, inflama a tropa a fazer corpo mole no atendimento.Chefe da Casa Militar, o coronel Rogério Leão classificou como “desmando” a atitude das lideranças. “A demanda da categoria é legítima. No entanto, não podemos tolerar o desrespeito à população”, disse o oficial, destacando que o diálogo continua aberto. “A discussão deve ser pautada no campo do diálogo, e isso é o que as partes estão buscando. Medidas que visam insurgir contra a sociedade como as que pregam o caos serão investigadas e seus autores, punidos”.

A Corregedoria da PM também iniciou um trabalho para levantar todas as mensagens divulgadas por policiais em redes socais, sites e blogs. Além disso, entrevistas de líderes aos meios de comunicação são avaliadas. Tudo será compilado e servirá de base para a abertura de sindicância ou de inquérito. O órgão ainda avalia a situação de 10 PMs suspeitos de, em março e abril de 2012, ápice da primeira Operação Tartaruga, terem extrapolado os limites. “É possível que alguns policiais desse evento também tenham envolvimento com os recentes atos”, afirmou o chefe da Corregedoria, coronel Civaldo Florêncio.

Apesar das sanções, Sansão diz desprezar as atitudes dos oficiais. “Não respeito decisão de coronel. Que crime eu estou cometendo em cobrar que o governador cumpra as suas promessas?”, questionou.

Fonte: Correio Braziliense

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