quinta-feira, 15 de maio de 2014

PERNAMBUCO: PMs CLASSIFICAM PACTO PELA VIDA COMO "PACTO MEQUETREFE".

A manifestação segue pacífica, até agora, e os organizadores garantiram que os policiais participantes do movimento estão desarmados



Fotos:  Paulo Uchôa/LeiaJá Imagens

Os integrantes da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros de Pernambuco classificaram, nesta quinta-feira (15), o Programa Pacto Pela Vida como um "pacto mequetrefe". Segundo eles, que participam neste momento de uma manifestação pelas ruas da cidade do Recife, o programa põe em risco a vida do agente policial. Durante o percurso pela Avenida Conde da Boa Vista, os PMs elencaram uma listagem de reivindicações já pendentes desde 2010. Entre elas, a falta de coletes à prova de balas, armamento e artifícios para efetuar prisões.

A manifestação segue pacífica, até agora, e os organizadores garantiram que os policiais participantes do movimento estão desarmados. No entanto, a reportagem do LeiaJá observou alguns presentes armados. Nesta tarde os grevistas pretendem definir se recuam ou não a paralisação, já que o governador do Estado, João Lyra Neto (PSB), afirmou que só volta a negociar quando o efetivo policial voltar ao trabalho. 

Além do efetivo policial que está nas ruas da cidade protestando, outros aderentes a paralisação estão aquartelados e não prestam serviços a população, totalizando cerca de 70% da PMPE em greve segundo o líder do movimento, soldado Joel Maurino. “Saímos hoje as 3h da madrugada da Assembleia Legislativa (Alepe) articulando as negociações, não dormi, mas avançamos nos itens da nossa pauta. O nosso maior impasse agora é o aumento salarial que o governador não quer ceder”, frisou Murino. 

Os profissionais pedem, além do reajuste salarial de pelo menos 30%, o aumento no valor do tíquete-refeição de R$154,00 para R$500,00, melhores condições de trabalho, aprovação de um novo plano de cargos e carreira e pagamento de uma gratificação para quem fizer cursos de especialização. Destas reivindicações, de acordo com Maurino, a maioria já foi concedida pelo governo. 

A greve dos policiais militares e dos bombeiros foi decretada na última terça-feira (13), após uma reunião entre as categorias e os secretários da Casa Civil, Luiz Vásquez, e da Casa Militar, Mário Albuquerque. Durante todo dia dessa quarta (14), um grupo de militares ocupou o Palácio Campo das Princesas em busca de um acordo com o Governo, no entanto não chegaram a um consenso.

Arrastões, saques e violência

Para tentar manter a segurança na Região Metropolitana do Recife, o governador de Pernambuco, João Lyra, enviou uma carta a presidente Dilma solicitando o envio das Forças Armadas. Joel apoiou a decisão e deu boa vindas aos soldados. “Sejam bem vindos os companheiros de outros estados, pois a população não tem culpa da greve”. Ele ainda fez questão de explicar que o movimento da policia militar repudia qualquer ato de vandalismo e violência.

Exército nas ruas

A Rua do Riachuelo e a Avenida Conde da Boa Vista já está sendo monitorada pelo efetivo do Exército Brasileiros. No local, soldados da Companhia de Guarda de Pernambuco organizam o trânsito e acompanham grupos de populares que estão se formando para seguir em direção as paradas de ônibus.
O reforço da Força Nacional foi solicitada pelo governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), nessa quarta. Nesta quinta, ele vai se reunir com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, às 16h para definir de que forma a Força vai operar no Estado. 

Fonte:  Leia Já

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