A policia civil está disposta a ter uma queda de braços com o governo do estado, já que nesta quarta-feira, a SSP solicitou junto à justiça, o pedido de ilegalidade da greve, mas isso parece não ser o suficiente para encerrar com as movimentações e reivindicações da PC.
Em greve desde o dia 3 de agosto, os agentes de polícia civil e delegados cruzaram os braços e passaram a exigir que os presos fossem transferidos das delegacias para os presídios, que não houvesse mais parcelamento dos salários dos servidores, além da implantação do PCCV e o pagamento do reajuste linear para todos os servidores.
Ainda durante as manifestações dos agentes, o Simpol passou a proibir a visita aos presos nas delegacias, afirmando que “lugar de presos é na penitenciária e não nas delegacias”.
No inicio da noite desta quarta-feira (12), o secretario de segurança, Mendonça Prado, concedeu entrevista, confirmando que a SSP havia feito o pedido à Procuradoria Geral do Estado, solicitando a ilegalidade da greve. À imprensa Mendonça Prado disse que “nós fizemos o pedido à Procuradoria porque todos os temas reivindicados pela categoria já se exauriram, a exemplo da transferência de presos e da contratação de novos agentes de polícia e escrivães. Portanto foi necessário que o pedido fosse feito”, alegou Mendonça.
Ainda na noite de ontem, em entrevista ao programa Cidade Alerta, na TV Atalaia, o governador Jackson Barreto afirmou que algumas categorias, a exemplo da PM e PM, “ganham bem e precisam entender que outras categorias precisam ser atendidas”.
Para o diretor e assessor de imprensa do Simpol, Jorge Henrique, ?quem ganha bem é governador do estado, secretários, políticos. Nós trabalhamos muito e é preciso saber que o nosso trabalho é o terceiro mais estressante do mundo?, explicou Jorge.
O diretor aproveitou para rebater as afirmações do secretario de Segurança, Mendonça Prado, sobre as reivindicações atendidas. “Nós do Simpol queremos deixar claro que não está em nossa pauta de greve o aumento salarial e nem a retirada de presos das delegacias. A nossa greve teve inicio no dia 3 de agosto de desde julho que estamos exigindo que os presos fossem transferidos”, disse o assessor.
Ao ser questionado sobre o pedido de ilegalidade da greve, Jorge Henrique disse que “vamos esperar a decisão da justiça e o que for decidido não se discute, se cumpre. Agora o Simpol quer deixar claro que se a greve for considerada ilegal, nós temos o plano B, C e tantos outros quantos forem precisos. Volto a repetir. Nós não estamos em busca de aumento salarial. O que nós queremos é que se cumpra a lei, porque todos sabem que lugar de presos não é em delegacia e sim em presídios. Além disso é bom explicar que não é normal o parcelamento de salários. Quanto ao nosso salário, isso foi uma conquista no governo do saudoso Déda, que corrigiu um erro que era praticado por João Alves que concedia reajuste e retirava gratificação. Só que agora no governo de Jackson Barreto o nosso salário está sendo achatado”, desabafou Jorge Henrique.
O sindicalista lembrou ainda que “esse governo fala em diálogo, mas quem nos recebe não é Jackson e sim o vice-governador Belivaldo Chagas, que é um gentleman. E por falar em ganhar bem, o governador foi fazer uma operação no pé em São Paulo, porque não fez aqui. Será que não confia na saúde de seu estado?”, questionou o policial.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
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