No final de 2014, para esconder o abismo em que se encontravam as finanças do País, a presidente Dilma Rousseff (PT) enganou a população brasileira e tentou ludibriar os órgãos de fiscalização e controle com as conhecidas “pedaladas fiscais”. Hoje ela teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, inclusive, já vê tramitando um processo de cassação de seu mandato pelo Congresso Nacional, através de um pedido de impeachment. As “pedaladas” são espécies de “operações atípicas”, não previstas na legislação, utilizadas para maquiar o resultado das contas públicas. Só através dessas práticas que o governo federal conseguiu, supostamente, cumprir suas metas fiscais.
Desde então, a presidente Dilma Rousseff perdeu de vez o controle do País. As finanças se descontrolaram, a inflação e as taxas de juros dispararam, a geração de emprego despencou, como também a produção da indústria, que começa a demitir em massa. Os investimentos públicos estão comprometidos, as obras federais estão paralisadas ou em “passos de tartaruga”; os programas sociais nunca se viram tão ameaçados e a nossa moeda segue muito desvalorizada. Muitos empresários “quebrando”, grandes empresas e marcas reduzindo gastos e investimentos. O País vive em meio a uma recessão, sem perspectivas de melhoras e sob um governo corrupto e corruptor, sem credibilidade e que perdeu, de vez, a confiança da maioria do povo brasileiro.
Pois, pasmem leitores: o jornal O Globo traz, no último final de semana, uma denúncia gravíssima: alguns Estados brasileiros que estão conta suas contas “no vermelho” querem usar os depósitos judiciais para “tapar buracos nos orçamentos estaduais de 2015”. A reportagem cita Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí e o nosso querido Sergipe. O Globo diz que “Em Sergipe, uma lei de agosto determina não haver ‘ordem de preferência’ para o uso desse dinheiro. O governo tem dito que vai usá-lo para quitar salário de servidores”.
A publicação nacional ainda coloca que “o Estado passa também por uma crise, e a primeira tentativa de transferência de depósitos para o Tesouro sergipano foi marcada por uma trapalhada. Cerca de R$ 147 milhões entraram na conta do governo, mas tiveram que ser devolvidos porque eram de outra conta da Justiça que não a de depósitos judiciais”. Como se não bastasse essa “trapalhada” que O Globo denunciou, Politizando chama a atenção para outro aspecto: se tiver veracidade a informação do jornal, então o governo de Sergipe estaria “tapando um rombo”? Será que gastaram demais e não estão conseguindo cumprir os compromissos? O que disse o governo? Simplesmente silenciou...
Mas, para Politizando, o pior ainda estar por vir: da mesma forma como o “blefe” de Dilma Rousseff lá atrás teve sérias consequências atualmente, se proceder essa informação de O Globo, o governo de Sergipe, assim como os demais citados na reportagem, também não estariam blefando para a opinião pública? E quais serão as consequências disso tudo? Onde isso vai parar? Será que estamos apenas falando da “pontinha do iceberg”? Se a “moda” é distorcer números, seria equivocado dizer que o governo de Sergipe articula “pedaladas fiscais” com esses depósitos judiciais? O que querem esconder, exatamente? Estamos próximos do fundo do poço? Com a palavra o governo de Sergipe...
Fonte: Faxaju (coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte)
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