quinta-feira, 18 de agosto de 2016

ESPETÁCULO DEPRIMENTE.


Não há como esconder que nos últimos dias, o governador Jackson Barreto vem dando sinais de nervosismo e impaciência, tentando esconder a sua indisposição para o trato administrativo.

Desde a morte do saudoso Marcelo Déda, quando Barreto teve que por dever constitucional assumir o comando do Poder Executivo Estadual, que ele tem dado demonstrações de que os únicos atos que o atraem no âmbito da governança, são as atividades festivas, os foguetórios e as inaugurações com um aglomerado de comensais batendo palmas para ele.

O legado de Jackson como Chefe do Executivo Municipal, deixou um rastro de irresponsabilidades e improbidades administrativas, que resultaram em seu afastamento da Prefeitura de Aracaju, para responder a mais de trezentos processos, a maioria deles se não a totalidade, oriundos de atos de auxiliares, praticados sob as barbas do alcaide, que embora ordenador de despesas, não se atentou para a ilegalidade dos atos praticados na sua gestão.

Nos escalões superiores do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e do Ministério Público, já é possível ouvir sussurros sobre uma possível intervenção no comando do Poder Executivo. Há um quase convencimento de que independente da crise econômica que o país atravessa, Sergipe enfrenta também uma crise de gestão, onde apesar do conturbado funcionamento da máquina pública, o governador se mostra despreocupado, e continua em clima de campanha eleitoral fazendo uma suposta negociação de cargos comissionados de forma dissimulada, como moeda de cooptação política, e embora esteja no comando administrativo há mais de dois anos, não conseguiu até agora minimizar os problemas que afetam áreas vitais do governo, principalmente as áreas de saúde e segurança pública.

Jackson tem ocupado os espaços midiáticos apenas para pedir paciência e informar que está fazendo um descomunal esforço para atender os anseios da população, mas na prática o que a população tem assistido é um governador indiferente, curtindo férias nas praias caribenhas, enquanto os servidores públicos estaduais, ativos e inativos, enfrentam a angústia de não saber que dia o salário entra em suas contas, para que possam honrar seus compromissos.

Como se não bastasse esse sofrimento, havia ainda setores da imprensa mostrando que um secretário de Estado recebeu em um único mês a bagatela de R$ 61 mil, enquanto um irmão do governador chegou a receber cera de R$ 58 mil por idêntico período. Sem contar a farra dos Conselhos que são utilizados, quase sempre para potencializar a remuneração de apadrinhados. Claro que independente da composição desses contracheques, não deixa de ser algo afrontoso para o servidor assalariado e para uma população que tem que conviver com um governador que diariamente chora lágrimas de crocodilo.

Como se nada disso fosse suficiente, para justificar a impaciência do governador, ele perdeu o comando da sucessão municipal de Aracaju, teve que recuar no lançamento de um candidato do seu próprio partido e fez uma aliança desconfortável com o PT, que um dia o aplaude e no outro o chama de golpista, por pertencer ao PMDB, partido acusado pelos barbudinhos de golpear a Presidente Dilma Roussef.

Buscando esconder o desconforto dessa companhia, Barreto tem ocupado seu tempo nas emissoras de rádio, usando a benevolência dos veículos de comunicação sustentados com as verbas governamentais, para proferir baixarias contra seus adversários políticos. Enquanto isso o Estado é entregue à própria sorte e os servidores públicos expressam diariamente a desilusão com a incompetência administrativa de Barreto.

A “cereja do bolo” veio em forma de mais uma indigesta notícia divulgada na manhã de hoje pela imprensa sergipana, dando conta que aproximadamente 50 viaturas utilizadas pela polícia militar no patrulhamento ostensivo, deixarão de servir à população simplesmente porque a empresa que fornece os veículos por meio de contrato de locação, está a mais de três meses nenhum centavo da SSP.

O picadeiro do “Circo Sergipe” segue armado e sob o comando do excelentíssimo Governador Jackson Barreto, produzindo espetáculos deprimentes às custas dos cofres públicos, patrocinando projetos políticos em desfavor das demandas da população.

Fonte:  Blog Satirizando

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