Militar foi preso após solicitar fardamento novo e, ante às constantes pressões sofridas, se precaver com gravação do requerimento, segundo assessoria jurídica da AMESE
Fotos: Márlio Damasceno
Policiais militares acabam de ser punidos no Quartel do Comando Geral (QCG) em Aracaju (SE) e o clima é de total revolta entre praças e representantes da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese) que observam na arbitrariedade do Comando Geral traços claros de um comportamento ditador e unilateral.
A informação preliminar é de que militares da Radiopatrulha teriam ido solicitar uniforme, vez que o sucateamento do Estado para com o compromisso com a corporação tem obrigado os fardas a trabalhar com apenas um, quando o compromisso é de que três sejam cedidos anualmente e, em alerta à pressão e perseguições que têm sofrido cotidianamente, as praças resolveram se precaver e gravar a conversa.
Contudo, a atitude dos guerreiros foi interpretada como crime militar e, arbitrariamente, o aparelho telefônico do policial identificado como Ângelo foi retido. Há a informação de que além do constrangimento, o PM foi desrespeitado a ponto de ser chamado de covarde e de ter o dedo frente à face, em sinal de ameaça, sendo posteriormente preso, conforme afirmação de Márlio Damasceno, assessor jurídico da Associação dos Militares Oficias de Sergipe - AMESE. Outros seis PM's aguardam posicionamento do Comando.
De acordo com Márlio, as medidas legais estão sendo adotadas e o presidente das Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SE) no estado já está sendo informado, haja vista, segundo o representante, a gravação não ser motivo para a prisão e, inclusive, os policiais terem se dirigido cordialmente portando memorando constando a necessidade.
Enfim, mais uma prova de que o Estado está de pernas para o ar e que o caos que a sociedade vive não é apenas comunitário. Policial vai pedir uniforme para assegurar o dia de trabalho e consequente ordem social e é preso, mas enquanto isso bandidos fazem a festa, assaltam emissora de rádio, matam e ficam impunes.
Cadê o Comando ao lado tropa? Além de atenderem à sugestão do governador de trabalharem gratuitamente nos dias de folga, os SEM DIREITOS sergipanos terão também que arcar com as despesas de fardamento para trabalhar?
Estão matando a democracia e a desordem mostra o renascimento de Hitler. Não basta querer mascarar números, querem também calar os militares e, no frigir dos ovos, "farinha pouca o meu pirão primeiro".
Não há apoio à categoria, há a defesa do cargo e lealdade a quem manda no Sistema. Vergonha!
Ainda que com os relatos testemunhais, o Relações Públicas da PM nega que tenha havido prisão. " O que aconteceu é que a Corregedoria da polícia foi chamada para ver se ele cometeu alguma transgressão disciplinar. nada além disso", explicou o capitão PM Alysson Cruz.
Fonte: Itnet (Iane Gois)
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