terça-feira, 26 de junho de 2018

GETAM ESTÁ COM MAIORIA DAS MOTOS SEM CIRCULAÇÃO. O FATO FOI DENUNCIADO PELA AMESE ATRAVÉS DO SEU ASSESSOR JURÍDICO MÁRLIO DAMASCENO.


Um atraso no pagamento de faturas causou transtornos no funcionamento de uma das principais unidades da Polícia Militar: o Grupamento Especial Tático de Ações com Motos (Getam), que teve 56 motos retiradas de circulação por problemas mecânicos, como falhas na embreagem e faltas de trocas do óleo e dos filtros. Com isso, a unidade que tinha 70 motos ficou com apenas 14 disponíveis para fazer o policiamento de rua na Grande Aracaju e até em cidades do interior onde o grupamento atua. O problema foi denunciado ontem pela Associação dos Militares de Sergipe (Amese), que encaminhará ofício ao Ministério Público Estadual.

Segundo o assessor jurídico da entidade, Márlio Damasceno, o problema se concentrou em Aracaju e se deve principalmente a uma dívida do Estado com a oficina mecânica que presta os serviços de manutenção dos veículos, pertencentes ao Estado. As motos a serviço do Getam chegaram a ser recolhidas para a manutenção periódica, mas não foram devolvidas ao grupamento. A empresa reclama que está há dois meses sem receber os pagamentos dos serviços. "Desde abril, as motos eram recolhidas e a manutenção não era feita, face ao não pagamento, o que vinha se agravando. Em contrapartida, elas não eram liberadas para voltar a operar. Ficaram retidas na manutenção", disse o advogado. 

Damasceno afirmou ainda que as unidades do Getam baseadas nas companhias da PM em Simão Dias (Centro-Sul) e Itabaiana (Agreste) também ficaram desfalcadas, pois houve ainda o recolhimento das motos correspondentes e de dois veículos de apoio. "Tivemos ciência de que as duas caminhonetes Amarok, essas sim que são locadas e pertencem ao Getam de Aracaju, foram recolhidas do Getam por falta de pagamento. São fatos graves, que estamos denunciando para que fatos dessa natureza não tornem a ocorrer. E porque a população sergipana clama por segurança, face os índices elevados", frisou, acrescentando que houve ainda redução no efetivo de soldados lotados no grupamento: "A tropa em si, que chegou a cerca de 150 policiais militares, hoje tem pouco menos de 85, ou seja, cerca de 44% a menos em relação ao que tinha nos seus melhores tempos.

O Comando da Polícia Militar e o governo do Estado admitiram o problema com o recolhimento das motos, mas negaram que ele tenha prejudicado o policiamento de rua. Segundo o secretário estadual de Comunicação, José Sales Neto, as 14 motos restantes da frota estão sendo usadas em escala de revezamento pelas equipes de plantão, que circulam com elas 24 horas por dia, até que os outros veículos sejam liberados. "As equipes dos homens que fazem o patrulhamento via Getam estão se revezando com essas 14 motos. O serviço do Getam não parou, continua servindo à sociedade", assegurou o secretário, garantindo ainda que boa parte da frota retirada de circulação deve ser recolocada em circulação até o final desta semana. 

Sobre o impasse que envolve o pagamento da oficina responsável, o governo informou que o contrato com a empresa é de responsabilidade do Detran, que gerencia o contrato e deve receber até hoje um repasse de verbas suficientes para garantir a regularização do serviço. "A Secretaria da Fazenda está fazendo um repasse de recursos para o Detran, responsável pelo gerenciamento do contrato de manutenção das motos, para que o Detran faça o pagamento dessa empresa e, no decorrer dessa semana, as motos que forem recebendo a manutenção já vão sendo devolvidas ao Getam", disse Sales.

Fonte:  Jornal do Dia

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