quarta-feira, 20 de junho de 2018

SERVIDOR PÚBLICO DE SERGIPE FICARÁ MAIS UM ANO SEM REAJUSTE SALARIAL.


Frustrado, desestimulado e desvalorizado! Isto resume o sentimento do funcionalismo público com o governo de Sergipe. E não seria exagero deste colunista acrescentar sensações como “raiva, revolta e indignação”. São muitos anos seguidos sem reajuste salarial. Essa situação se arrasta desde o governo de Marcelo Déda (in memoriam), perpassando pela fatídica gestão do ex-governador Jackson Barreto (MDB) e agora continuada pelo governo de Belivaldo Chagas (PSD). Detalhe: em 2018 a realidade não será diferente dos últimos anos...

Ao ser ouvido, semana passada, pelos membros da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Tributação da Assembleia Legislativa, durante a exposição dos dados financeiros referentes ao 1º quadrimestre do exercício de 2018, o secretário de Estado da Fazenda, Ademário Alves de Jesus, deixou claro que estudos serão feitos em cima da arrecadação do Estado ao longo deste ano para apenas anunciar algo sobre reajuste no próximo ano.

Neste intervalo de tempo, desde 2013, diversas categorias já se mobilizaram, promoveram protestos, greves e paralisações, muitas vezes findaram esbarrando junto ao Poder Judiciário que, comumente, decretava a ilegalidade da suspensão. A imprensa por vezes denunciou, cobrou, mas ainda assim o “governador de plantão” priorizou outras áreas da administração e não buscou atender aos anseios da maioria dos servidores públicos, que mantinha a esperança de, enfim, serem reconhecidos.

Nos últimos anos o funcionalismo sergipano atravessou situações com que jamais havia convivido, como os atrasos sucessivos e parcelamentos dos salários dos ativos e inativos. Aposentados e pensionistas que recebiam sempre dentro do mês vigente chegaram a receber por último, depois que todos os servidores da administração fossem contemplados, uma verdadeira falta de bom senso com os velhinhos que, por anos, deram suas contribuições ao Estado.

Por mais que diga ser este um de seus compromissos, no comando da gestão desde o início de abril, o governador Belivaldo Chagas não conseguiu regularizar a situação do pagamento dos servidores e nem dos aposentados e pensionistas e o pior: o funcionalismo terá que acumular mais perdas salariais porque este será mais um ano que nem a reposição inflacionária do período será dada. O servidor público em Sergipe provou para o Brasil que é um “modelo de paciência”. Há quem diga que o “troco” vem aí. Que o “galeguinho” ponha suas “barbas de molho”...

Veja essa!

O deputado estadual Georgeo Passos (REDE) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa para revelar que o Governo do Estado já tem assegurados cerca de R$ 86 milhões provenientes da aplicação do Fundo de Previdência (Funprev) para serem resgatados em agosto, quando o Executivo poderá honrar o pagamento dos salários dos inativos dentro do mês vigente.

E essa!

O parlamentar se preocupou em anunciar para que o Governo não tente passar a ideia que foi fruto de uma ação administrativa. “O dinheiro já estava assegurado lá atrás. Estavam previstos mais de R$ 172 milhões para 2018 e já foram liberados cerca de R$ 85 milhões, após decisão judicial favorável ao governo. Em agosto será liberado o restante. Isso é positivo, ver os aposentados recebendo dentro do mês. Esperamos o mesmo para os ativos, mas queremos que seja contínuo”.

O deputado recordou o que aconteceu em 2016, pouco antes das eleições municipais. “O governo encaminhou recursos para regularizar a situação do pagamento dos salários atrasados, mas depois da eleição tudo voltou ao normal. O governo fala em fazer cortes, mas o dinheiro já está garantido. Esperamos que esses recursos não sejam usados de uma forma eleitoreira de um governo que, pode até ganhar outra roupagem, mas é o mesmo há quase 12 anos, desde o saudoso Marcelo Déda (in memoriam)”.

Por fim, Georgeo alertou para a situação dos atrasos com os fornecedores e prestadores de serviços. “No setor de transportes, por exemplo, o governo está devendo muito e o serviço já foi suspenso em alguns municípios. Os alunos estão desassistidos, sem transporte escolar! Agora o governo fala em reduzir as despesas de custeio, em cortes que podem chegar a 30% nos contratos, o que pode deixar muitos fornecedores sem receber o que é devido e até um calote nos prestadores de serviços de abril para trás”, concluiu.

Fonte:  Portal Alô News (Habacuque Villacorte)

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