sexta-feira, 10 de agosto de 2018

CANDIDATOS AO CONCURSO DA PM VÃO A ÓRGÃOS PEDIR ANULAÇÃO DEFINITIVA.

Candidatos ao concurso da PM vão a órgãos pedir anulação definitiva (André Boaventura)

Um grupo de candidatos que realizou a prova da Polícia Militar (PM) pede a anulação definitiva do concurso para soldado por conta da fraude de dois irmãos e a suspeita de participação de outras pessoas.

Na manhã desta quinta-feira, 9, alguns membros foram ao Ministério Público Estadual (MPE) buscar orientação sobre como proceder para apresentar novas denúncias para que o certame comece novamente “do zero”.

No órgão, eles foram orientados a levar o caso à delegacia responsável pelas investigações (Delegacia de Defraudações), para apresentar supostas provas de que os cadernos de questões foram extraviados para privilegiar pessoas que pagaram pelo gabarito preliminar. “Eles informaram que ainda vão receber o resultado do inquérito policial e que depois os desembargadores decidirão se cancelam definitivamente ou não o concurso”, disse André Boaventura, um dos membros do movimento.

Circulam imagens de provas sendo descarregadas em hotel (Foto: Redes Sociais)

Circulam em grupos de WhatsApp e em redes sociais imagens de malotes identificados do IBFC, banca examinadora, sendo levadas para um hotel da cidade de Lagarto. Há registros de um homem entrando no prédio com o material e de uma mulher recebendo as “malas” de um caminhão. Os candidatos acreditam que, dentro dos sacos, estavam os cadernos de questões. “Testemunhas disseram que em Lagarto as provas estavam abertas. Queremos saber o porquê de essas provas estarem no hotel. Só esclarecimentos”, disse André.

Candidatos levarão supostas provas a delegacias para investigar o caso (Foto: Redes Sociais)

Há também prints de conversas onde o esquema era armado, com pessoas cobrando pagamento pela inclusão do nome da lista de chamada do Teste de Aptidão Física (TAF).

A delegada Rosana Freitas, da Delegacia de Defraudações, informou não ter conhecimento do material, mas que está aberta a recebê-los para análise. O inquérito já foi encaminhado ao poder judiciário. “Prefiro não me manifestar em relação ao teor do resultado das investigações. É sigiloso. O procedimento já foi levado à Justiça. Se surgirem novos fatos, vamos investigar”, frisou.

IBFC

O IBFC informou não ter conhecimento das imagens, mas que a logística para realização da prova em Sergipe envolveu a entrega dos malotes em um hotel da capital para depois serem distribuídos aos locais de prova em todo o Estado. “O malote fica em uma sala e só é deslacrado na hora da prova. Há suspeita de fraude, não evidência. Tudo precisa ser comprovado. Passamos por uma situação anterior do TJ/PE, quase nove meses, muita coisa falada e nada comprovado. O processo foi arquivado. Seguimos os trâmites legais para que se chegue uma conclusão. Não temos conhecimento das supostas provas”, disse a instituição.

Fonte:  Infonet (Victor Siqueira)

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