segunda-feira, 6 de agosto de 2018

FRAUDE DO COMBUSTÍVEL DA PM: NOVAS TESTEMUNHAS SERÃO OUVIDAS. O TESTEMUNHO MAIS CONTUNDENTE FOI O DA FRENTISTA QUE CONTOU COMO ERA REALIZADO O ESQUEMA POR PARTE DOS POLICIAIS MILITARES.


Quatro testemunhas de acusação do caso da fraude do combustível na Polícia Militar de Sergipe (PM/SE) foram ouvidas, na manhã desta segunda-feira (6), pela Justiça Militar, na 6ª Vara Criminal do Fórum Gumercindo Bessa. Foram ouvidos uma frentista, o major Fernando Ferreira, chefe da Central de Suprimentos e Manutenção (CSM) da PM, e os cabos Pedral e Elvislan, colegas de Robertson, principal suspeito de articular o suposto esquema e que está preso no Presídio Militar (Presmil) desde fevereiro deste ano.

O testemunho mais contundente foi o da frentista que contou como era realizado o esquema por parte dos policiais militares. Segundo ela, a fraude aconteceu por quase dois anos e era como um esquema de troca. Em seu relato, a frentista contou que os militares iam ao posto com o “valecard” para, supostamente, abastecer a viatura, no entanto, o valor do abastecimento era debitado no cartão, porém, os policiais recebiam a mesma quantia em dinheiro, mas, a viatura não era abastecida.

A funcionária afirmou ainda que uma caixa do posto recebia entre R$20 e R$30 para se manter calada.

Um dos dados que consta nos autos do processo é de que a fraude teria gerado um prejuízo de mais de R$50 mil, mas, o Ministério Público Militar (MPM) acredita que a quantia seja muito superior.

Defesa

Responsável pela defesa do principal alvo das acusações de fraude, o advogado Aloísio Vasconcelos afirmou que vai pedir a liberdade do sargento Robertson, já que, segundo ele, nesta última audiência, ninguém ter citado o nome do mesmo e nem ter provas concretas sobre sua participação no esquema.

A fraude

O esquema fraudulento foi descoberto em janeiro deste ano pela Secretaria de Estado da Segurança (SSP/SE).

A ação fraudulenta ocorria quando o cartão era utilizado para debitar o valor do combustível, porém o valor era repassado para o policial com a ajuda de uma frentista de um dos postos onde foi feito o esquema. Como foi realizada em vários postos de combustíveis da cidade, a ação chamou a atenção, já que existia também um cartão “coringa” que poderia abastecer qualquer tipo de viatura, em qualquer horário do dia e sem limite de quantidade de litros de combustível.

A investigação da SSP iniciou com ordem do comandante geral da PM, coronel Marcony Cabral, após denúncias. O inquérito foi instaurado no dia 11 de dezembro de 2017 e somente em janeiro foi divulgado. Foi encaminhado à Justiça Militar da 6ª Vara Criminal junto com todas as diligências solicitadas pela Corregedoria Geral da PM, segundo informou a SSP.

Fonte:  Jornal da Cidade

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