sábado, 17 de novembro de 2018

"FOMOS DESRESPEITADOS E VÍTIMAS DE MALDADES E MENTIRAS", DIZ INÁCIO KRAUSS.

“Carlos Augusto e Arnaldo Machado fizeram dobradinha para atacar a minha honra”


Candidato a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Sergipe (OAB/SE) pela chapa 3, “Advocacia Forte Avança”, o advogado Inácio Krauss acredita que, se o advogado e a advogada compararem os candidatos, vão perceber que ele é o mais qualificado para gerir a entidade. “Somos o sangue novo. Queremos uma OAB/SE inclusiva, integrada e pronta para continuar avançando”, diz. Candidato do atual presidente da OAB/SE, Henri Clay Andrade, Krauss não poupa críticas às gestões do seu adversário, Carlos Augusto. “Quando assumimos a OAB, em 2016, encontramos uma Instituição que não defendia a classe nem a sociedade. Para piorar, tivemos uma péssima surpresa, ao constatar que a presidência foi também calamitosa do ponto de vista administrativo, fiscal e financeiro”, acusa. O candidato Krauss ainda lamenta o nível da campanha. “Não agredimos, mas fomos muito desrespeitados e vítimas de maldades e mentiras. Lamentavelmente, os candidatos Carlos Augusto e Arnaldo Machado fizeram uma dobradinha oportunista para atacar a minha honra e a do presidente Henri Clay Andrade, que nem candidato é”, diz. 

Por que o advogado deve votar em Inácio Krauss para presidente da OAB/SE?

Porque a advocacia sergipana já conhece minha atuação como gestor, sabe que meu trabalho tem dedicação total à advocacia. Estou convicto do meu papel neste momento histórico de renovação, com ideias e propostas vanguardistas e que anunciam avanços. Não podemos voltar àquele passado onde tínhamos uma OAB fraca, que não defendia a classe nem tinha protagonismo social. Fiz duas gestões como presidente da Caixa de Assistência e agora como vice-presidente da OAB/SE (licenciado), onde exerci a presidência interinamente durante quatro meses. Quero ser presidente para manter as conquistas obtidas por nós nestes quase três anos e promover os avanços que nossa classe tanto anseia e necessita. Se o advogado e a advogada compararem os candidatos, vão perceber que eu sou o mais qualificado para gerir nossa entidade, com resultados positivos comprovados.

O que representa a sua candidatura?

Numa palavra: renovação! Somos o sangue novo. Queremos uma OAB/SE inclusiva, integrada e pronta para continuar avançando. Temos uma chapa composta predominantemente de jovens advogados e advogadas. Os cargos diretivos estão divididos paritariamente em termos de gênero. Podemos comemorar como feito inédito o fato de, pela primeira vez na história da Instituição, termos representação paritária no Conselho Federal, pela primeira vez termos predominância feminina no Conselho Seccional. Dos 66 conselheiros seccionais, 40 são nomes novos, gente jovem que nunca antes exerceu cargos na diretoria da OAB, sem contar que sou candidato a presidente pela primeira vez, representando essa nova geração, para conduzir a transição e preparar o futuro.

Como avalia a gestão do atual presidente da OAB/SE, Henri Clay Andrade?
Proativa, vigorosa na defesa da classe e dos interesses da cidadania, e sensível às causas da advocacia, sobretudo a advocacia jovem e os colegas do interior, que nesta gestão passaram a ter a atenção merecida. Meus colegas, de modo generoso, reconhecem o nosso potencial e dedicação ao trabalho. Credenciei-me como candidato à sucessão de Henri Clay para dar continuidade a sua gestão, que encerra 2018 com um bom volume de recursos em caixa, mais de R$ 1,4 milhão, após pagar todas as obrigações deixadas pela gestão anterior – mais de R$ 960 mil em débitos a pagar – e dos investimentos feitos no período. Somente quando eu estive interinamente na Presidência (entre junho e outubro deste ano), inaugurei 12 salas da advocacia nos fóruns das comarcas do interior sergipano e ainda realizamos dois desagravos públicos em defesa das prerrogativas da advocacia, sem contar o trabalho desenvolvido pela Caixa de Assistência da Advocacia e pela Escola Superior da Advocacia, com números muito acima das gestões passadas.

E a gestão Carlos Augusto Monteiro, como a avalia?

Os fatos falam por si. Quando assumimos a OAB em 2016, encontramos uma Instituição que não defendia a classe nem a sociedade. Para piorar, tivemos uma péssima surpresa ao constatar que a presidência de Carlos Augusto Monteiro não foi apenas fraca nestes quesitos. Foi também calamitosa do ponto de vista administrativo, fiscal e financeiro. Como disse, havia débitos de mais de R$ 960 mil deixadas por ele, o que levou o Conselho Federal, em relatório da autoria nas contas dele, classificar a gestão do ex-presidente como “péssima”. Fomos obrigados a enxugar a máquina a fim de honrar dívidas, a fim de literalmente limpar a imagem pública da OAB junto ao mercado. De fato, a gestão de Carlos Augusto não deixou apenas uma dívida milionária. Em 83 anos de história da OAB/SE, pela primeira vez a instituição emprestou dinheiro num banco para pagar salários dos servidores: R$ 200 mil, com juros exorbitantes de 9,5% ao mês, ou seja, 210% ao ano. Isso nos causou estranheza e desconforto, especialmente quando constatamos que a instituição usada para o financiamento não foi o Banco do Brasil, onde a OAB tem sua conta desde sempre, mas o Bradesco, há mais de 20 anos o principal cliente do escritório de advocacia do candidato Carlos Augusto. Esse empréstimo também já foi quitado pela nossa gestão.

O senhor é bastante criticado pelos adversários pelo fato de ter votado no candidato Henri Clay para o Senado. A Ordem foi usada na campanha?

Lógico que não! Isso é um absurdo desmedido, é a maior mentira dita nesta eleição, que inclusive vai gerar um processo na Justiça Federal para quem fez a falsa acusação. A OAB só tem um partido: a advocacia! Nunca fizemos e jamais faremos política partidária usando a Ordem. Agora, veja: porque você integra uma instituição de classe, seus direitos políticos estão suspensos? Você não pode disputar uma eleição? E olhe que o presidente, quando resolveu se candidatar, licenciou-se do cargo e não pôs os pés na OAB durante a campanha. Votei em Henri Clay Andrade como nele votou a quase totalidade da advocacia, porque estávamos convencidos que ele nos representava e seria um excelente parlamentar. Foi o voto pessoal, o voto do advogado e amigo Inácio Krauss, não o voto de um presidente de classe. A advocacia sairia ganhando com esta representatividade, como foi o caso do Distrito Federal, que o governador eleito é o secretário-geral da Ordem de lá.

Quais as principais demandas do advogado hoje?

Ainda são muitas! Em resumo, nossa meta é fazer ainda mais e melhor do que já fizemos, mesmo diante do quadro que encontramos. Hoje temos um superávit que permite, por exemplo, reduzir a anuidade, já que agora foram criadas as condições financeiras. Outras prioridades são: aprovar a lei estadual de regulamentação da advocacia dativa; a construção das sedes regionais de Estância, Glória e Propriá com recursos do Conselho Federal, e também inaugurar mais salas da advocacia e ampliar os serviços nas atuais. Vamos manter a excelência dos cursos da ESA e avançar com pós-graduação presencial, inclusive no interior. Vamos criar espaços de estudos para a advocacia, com toda a infraestrutura. Temos ainda como prioridade lutar pela aprovação da criminalização da violação das prerrogativas da advocacia.

Este clima quente da campanha, com candidatos se agredindo, em vez de se restringirem apenas às propostas, não é ruim para a imagem da Ordem?

Fiz uma campanha limpa, propositiva. Não agredimos, mas fomos muito desrespeitados e vítimas de maldades e mentiras. Lamentavelmente, os candidatos Carlos Augusto e Arnaldo Machado fizeram uma dobradinha oportunista para atacar a minha honra e a do presidente Henri Clay Andrade, que nem candidato é. Sem dúvida, isso acaba maculando a história da nossa entidade. Nossos adversários foram desleais, capazes de tudo para tentar ganhar uma eleição. Não respeitaram a história de quem fez tanto pela classe e pela OAB. Porém, não tenho dúvida que a advocacia entendeu nossa mensagem e diante das urnas, nesta segunda-feira, levará em conta a postura de cada um, o que fizeram pela advocacia, quem está mais preparado para este desafio. Tenho certeza que ao comparar o histórico de Ordem de todos nós, as advogadas e advogados vão apertar o número 3, votando na nossa chapa.

Fonte e foto:  Universo Político (Joedson Telles)

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