quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

APÓS PARCELAR SALÁRIOS E O 13º, ESTADO QUER PARCELAMENTO PARA FORNECEDORES!


A “paciência” do povo sergipano com o governador Belivaldo Chagas (PSD) e com a vice-governadora Eliane Aquino (PT) começa a se esgotar! Aliados podem pontuar que estamos apenas no segundo mês da gestão, mas não custa lembrar que o “galeguinho” está no comando do Executivo desde abril de 2018. E ainda venceu a eleição em outubro passado, de forma esmagadora, com o discurso de que “veio para resolver” e que “conhecia os problemas de Sergipe e tinha experiência para corrigir”. Com um governo “quebrado” nas mãos, a missão é ainda mais complicada…

Justiça seja feita, a crise financeira em que Sergipe “mergulhou” não começou nas gestões de Belivaldo Chagas, mas vem se arrastando há vários anos. Medidas precipitadas, mal planejadas e com viés populista foram aplicadas e hoje suas consequências são sentidas. E o pior é que quem mais sofre é realmente quem mais precisa: o povo pobre! Os serviços públicos ficam comprometidos, ineficientes, o desenvolvimento “emperra”, os empregos não são gerados, a economia não se “aquece” e as desigualdades só aumentam.

Belivaldo e Eliane não governam apenas um Estado “quebrado”, mas uma gestão mal planejada, centralizadora, distante do governo federal, já desgastada politicamente falando e que vai perdendo a confiança do povo sergipano. Em síntese: não está agradando a gregos e nem a troianos, ou seja, já é duramente criticada pela oposição e, mesmo à surdina, por alguns aliados. Belivaldo não fala em política, é verdade, mas também não faz! Homem simples, ele está confundindo a “palavra empenhada” e o “pescoço grosso” com “vaidade” e “arrogância”.

Ainda com Jackson Barreto (MDB) a frente do Executivo, pela primeira vez o funcionalismo público teve seus salários parcelados; como o governo é impessoal e como Belivaldo era o vice-governador à época, ele também fazia parte da gestão quando iniciaram os “parcelamentos” dos 13º salários dos servidores nos últimos anos; agora, já com o “galeguinho” no comando, a Secretaria de Estado da Fazenda “inovou”: fornecedor que tinha dinheiro para receber por serviços prestados, até abril de 2018, ou reduzia drasticamente o valor ou iria “dormir” nos precatórios.

Mas esse “tratamento vip” do governo com os fornecedores agora “avançou” ainda mais: na polêmica do caso da “Carreta do Câncer”, onde o representante da empresa Morumbi apresentou o veículo pronto para uso, com toda documentação e contrato firmado pelo Estado da ordem de R$ 2,7 milhões, o governador não gostou da cobrança pelo pagamento à vista do serviço, após sete meses de atraso, e ameaça rescindir o contrato para adquirir um veículo semelhante por quase R$ 1 milhão a menos, caso o empresário não aceite o “parcelamento” do débito.

Chama a atenção deste colunista que um detalhe que parece “passar batido” pela oposição e pelos órgãos fiscalizadores: se o governo propõe pagar parcelado, ele não está reconhecendo a dívida? E como que justificativa o governador quer rescindir este contrato? O empresário prestou o serviço e quer apenas receber pelo feito. Se os valores estão acima da realidade, cabe ao governador acionar o Poder Judiciário e cobrar a responsabilização dos responsáveis, ou não? Belivaldo precisa tomar cuidado: depois de tantos “parcelamentos”, o povo de Sergipe pode optar por “parcelar” seu mandato…

Veja essa!

As perguntas que não querem calar sobre a polêmica em torno da Carreta do Câncer: se o governo propõe pagar parcelado, ele não está reconhecendo a dívida? E como que justificativa o governador quer rescindir este contrato?

E essa!

Por que ao invés de pensar em rescindir o contrato, o governador não leva os documentos para os órgãos fiscalizadores apurarem e, se for o caso, penalizar os responsáveis pela realização de algo, supostamente, superfaturado?

Pacientes sofrem

Enquanto fica essa celeuma do governo de Belivaldo Chagas e Eliane Aquino com a empresa Morumbi, a Carreta do Câncer segue pronta e “encostada”, se depreciando com o tempo, sem uso, e muitos pacientes amargando na fila para serem atendidas, sofrendo sem perspectivas. Estamos falando de R$ 2,7 milhões que podem ir para o lixo…

MPE tem que intervir

Não custa lembrar que, no caso do Hospital Cirurgia, após uma ação do MPE, o Poder Judiciário, através do juiz Aldo de Albuquerque de Melo, da 7ª Vara Cível de Aracaju, decretou acertadamente a intervenção estadual da unidade, exigindo o afastamento de todos os diretores. Sobre a Carreta do Câncer o MPE deveria fazer o mesmo…

Fonte:  coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte

Nenhum comentário:

Postar um comentário