sábado, 18 de abril de 2020

DECRETO DE BELIVALDO DECEPCIONA E SETOR PRODUTIVO PODE AUMENTAR DEMISSÕES. E MAIS, INDIGNAÇÃO NA TROPA DA POLÍCIA MILITAR.


Havia muita expectativa de vários segmentos do setor produtivo pelo anúncio que seria feito pelo governador Belivaldo Chagas (PSD), nessa quinta-feira (16), após a reunião com os técnicos da Saúde do governo, em avaliação sobre os números da pandemia do novo coronavírus em Sergipe. Com outros governadores brasileiros já anunciando a flexibilização do isolamento social, muito empresários esperavam por um anúncio mais “amplo” do chefe do Executivo sergipano.

Temos a “batalha” pela vida de um lado, onde muitos defendem intransigentemente o isolamento e a preservação da Saúde; do outro lado, também já são muitos trabalhadores desempregados e empresários sem capital de giro para manterem seus negócios “vivos”. Hoje temos um equilíbrio muito nítido em relação ao início da pandemia. Muita gente já temendo a fome ou a miséria está deixando de respeitar o decreto governamental que fechou o comércio e manteve boa parte em “quarentena”.

Muito pressionado por ambos os lados, Belivaldo não “cedeu” aos empresários e renovou seu decreto, que expirava nesta sexta-feira (17), por mais uma semana, agora até o próximo dia 24, por enquanto. Em seu anúncio, o governador liberou o funcionamento de hotéis, motéis e pousadas (desde que eles mantenham fechadas as áreas comuns de lazer, além de restaurantes e bares, e salas de auditório. Também foram liberadas as lojas de material de construção;

Ainda estão liberadas as imobiliárias; concessionárias de veículos; lojas de auto-peças; cartórios e tabelionatos; escritórios de arquitetura e engenharia; empresas de assistência técnica; óticas, desde que fora de shoppings e galerias. Pela imensa repercussão negativa nas redes sociais a conclusão é que o novo decreto de Belivaldo não passa de uma grande decepção, sobretudo para o setor produtivo que, sem alternativa, pode aumentar ainda mais os números de demissões em Sergipe. Não se trata de defender “A” ou “B”, mas uma medida acaba “contradizendo” a outra!

Como um templo religioso deve ficar fechado, mesmo para orações dos fiéis, por exemplo, e um motel ou pousada podem funcionar? A coluna não é contrária à abertura! Não se trata disso! Mas sobre o “discurso” do “risco de contaminação”, como colocar isso na cabeça das pessoas? Você manter fechado uma série de pequenos empreendimentos que poderiam reaquecer a economia local e permitir a abertura de um hotel, por exemplo? Em um momento que os voos estão reduzidos, que não existe dinheiro para propaganda e que as autoridades existem zelo para receber as pessoas de outro Estado?

Este colunista fica a se perguntar sobre o que pensam os membros da equipe do governador? Será que estavam preparados para enfrentar uma situação de emergência como a atual? De onde saem essas “propostas”? Quais são os critérios adotados? A ideia de multar empreendimentos praticamente já “falidos” que fossem flagrados tentando sobreviver era “mirabolante”! O Hotel para dar apoio aos servidores da Saúde na linha de frente, apesar de discordar do “caráter emergencial”, era positiva, mas estranhamente o Estado recuou. As críticas são construtivas, a imprensa pode somar, mas a sugestão a Belivaldo é parar, acalmar e recomeçar. Tá tudo muito confuso...

Assim não, galeguinho!

Gerou indignação na tropa da Polícia Militar a informação que o governo do Estado suspendeu o pagamento do auxílio-uniforme e as retaes da categoria só serão pagar a partir de Junho. A categoria, que está na linha de frente do combate e fiscalização durante a pandemia, também reclama do não pagamento do terço de férias. A revolta na corporação já é sentida nas redes sociais...

Nenhum comentário:

Postar um comentário