segunda-feira, 13 de abril de 2020

SERGIPANOS DEVEM “FICAR EM CASA” SEM EMPREGO, COMIDA E SEM ÁGUA! E AINDA, O BANESE, "O BANDO DOS SERGIPANOS", CONTINUA "ESTUDANDO" ALTERNATIVAS PARA ENFRENTAMENTO DOS EFEITOS ECONÔMICOS GERADOS COM A PANDEMIA!


Este colunista separou alguns pontos que chamaram a atenção na última semana da pandemia por conta do novo coronavírus (Covid-19). Em relação à publicação anterior, os registros de infectados no Brasil inteiro cresceram, como também o número de mortos. Nesse intervalo, se estabeleceu uma crise interna no governo entre o presidente e o ministro da Saúde, “potencializada” pela grande mídia que já dava como certa a exoneração do auxiliar.

Superados 30 dias da confirmação dos primeiros casos de infectados e mortos no Brasil e em Sergipe, e após os decretos dos governadores estaduais e de diversos prefeitos municipais, para o isolamento social quase que total, sem permissão de abertura dos comércios, hoje a realidade é que o número de mortos continua a crescer assustadoramente, mesmo com o confinamento, e o pior, as perdas agora já não “caminham” sozinhas: lado a lado também cresce o desemprego.

Algumas pessoas costumam levar a diante o discurso de que, entre a vida e a morte, prefere ficar em casa; há quem se incomode quem defenda a reabertura dos postos de trabalho, mesmo de que forma gradual e cautelosa; há quem diga que se trata de uma questão “cultural”, onde se “abrir tudo”, milhões irão morrer porque o brasileiro não se cuida.

Existem pontos de vista diversos, é verdade, mas essa discussão vai além da “frieza” da ciência e do “calor” da política.

Mas os números são tão “frios” quanto a ciência: se sempre existiu fome no Brasil, agora com o desemprego em massa a tendência é que a miséria aumente ainda mais!

É uma situação delicada para os governantes. Neste caso, nada melhor do que exagerar na “racionalidade”. Bom senso! O que pode ser aberto e controlado se abre! O que não pode se mantém fechado! Mas os números são tão “frios” quanto a ciência: se sempre existiu fome no Brasil, agora com o desemprego em massa a tendência é que a miséria aumente ainda mais! Esse “jogo da corda” não soma, não resolve! De um lado o governo e do outro a oposição e a mídia...

Sobre Sergipe, o “galeguinho” Belivaldo Chagas (PSD) escolheu a ciência e a Saúde e mandou o povo “ficar em casa”, seguir as normas da OMS (Organização Mundial da Saúde) e fortaleceu o isolamento social.

Sinalizou até para punir quem desobedecesse seu decreto! Mas na “contramão” do seu discurso, muitos desses sergipanos devem “ficar em casa” sem emprego, comida e agora sem água nas torneiras! Tem que resolver isso, governador! Sem higienização não dá para seguir a norma da OMS...

Veja essa!

Não é de agora que este colunista tem cobrado e externado a reclamação de muitos sergipanos, em especial da região Agreste, sobre a falta de abastecimento de água. Sem água nas torneiras, a população não segue a prevenção da pandemia, não tem higienização. Galeguinho, galeguinho...

E essa!

O problema “crônico” da falta de água em diversos municípios do interior sergipano, também chegou a diversos bairros da capital. É isso mesmo! A reclamação é de falta de água nas torneiras em diversos pontos de Aracaju. A responsabilidade é da DESO, mas o prefeito Edvaldo Nogueira, que tanto já criticou a Companhia, parece que não tomou conhecimento desse problema...

Cadê Eliane?

Em tempos de quarentena e isolamento social, a vice-governadora Eliane Aquino (PT) que, pelo cargo que ocupa, deveria estar na linha de frente, anda um tanto desaparecida. Seu papel social é imprescindível neste momento. Poderia tá ajudando, levando assistência para as comunidades mais carentes. O “assistencialismo” condenado no passado nunca fez tanta falta...

Alô Banese!

Colocaram o presidente Fernando Mota em uma espécie de “redoma”, como se fosse um ser “inatingível” e/ou “inacessível”! Em meio a “forte turbulência” do novo coronavírus os bancos públicos espalhados pelo Brasil estão anunciando a prorrogação de parcelas por 60 dias, com vencimento nos meses de abril a setembro de 2020.

Ainda nada!

O “Banco dos Sergipanos” está oferecendo a prorrogação para empresas e profissionais liberais, “desde que os empréstimos estejam com o pagamento em dia e mediante análise de comprovação do crédito”. Já para os demais clientes, servidores públicos (ativos e inativos), empregados de empresas privadas, universitários, aposentados e pensionistas pelo INSS, o Banese anuncia que “possui diversas soluções de crédito”.

“Banco dos Sergipanos”

Chegou a hora de o Banese fazer valer o slogan de “banco de que sergipanos”! Em nota, quase um mês depois do decreto governamental com medidas de isolamento social, o Banese diz que “está em fase de ajustes dos sistemas que farão a pausa dos contratos dos servidores, incluindo os consignados, o que deve acontecer até o final de abril”.

Empréstimos consignados

Muitos servidores públicos, de ativos a inativos, estão angustiados porque o Banese está demorando muito para anunciar a suspensão dos tributos e empréstimos consignados. Na quinta-feira (9), por exemplo, este colunista foi informado por um servidor que o Banco já tinha descontado seu débito sendo que ele não havia recebido seus rendimentos ainda. Assim não dá...

SE Promotora

A coluna recebeu uma informação, no mínimo inusitada, da agência Gentil Barbosa: enquanto as demais estão lotadas de clientes, foram direcionados vários gerentes para essa agencia com um único propósito: aprovar todas as operações que a SE Promotora encaminhar para análise, inclusive os gerentes do banco são subordinados aos funcionários da terceirizada. Como perguntar não ofende jamais, a quem interessa gerar riqueza para a SE Promotora e Banese Corretora em tempos de pandemia?

Alô Banese I

Em nota, o Banco do Estado de Sergipe (Banese) esclarece que não é verdadeira a informação de que o banco não pretende renegociar dívidas de empréstimos consignados feitas por servidores públicos. “Ao contrário do que foi divulgado de forma não oficial, o Banese está em fase de ajustes dos sistemas que farão a pausa dos contratos dos servidores, incluindo os consignados, o que deve acontecer até o final de abril”.

Alô Banese II

Ainda em sua nota, o Banco informa que desde o início da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) tem buscado ações efetivas e de cooperação que ofereçam soluções e condições para todos os seus clientes. “A finalidade do Banese é incentivar a economia sergipana e ajudar as empresas e pessoas físicas impactadas pela diminuição dos negócios causada pela Covid-19”.

Medidas I

“Uma das primeiras medidas tomadas pelo banco foi a prorrogação do pagamento de dívidas de pessoas físicas, além de micro e pequenas empresas, por 60 dias para empréstimos com pagamentos em dia. Outra solução apresentada foi a linha de crédito emergencial para capital de giro e adequação de fluxo de caixa das empresas, com prestações fixas e mensais e prazo de pagamento em até 36 meses e carência de até nove meses”, completa o Banco.

Medidas II

“Semana passada, foram lançadas quatro linhas de crédito que podem chegar até o valor de 500 milhões de reais. O público alvo inclui pessoa jurídica, profissional liberal e microempresas e empresas de pequeno porte pertencentes aos setores industrial, comercial e de serviços, além de pessoas físicas, inclusive as que atuam no setor informal da economia”, acrescenta a nota.

Segue estudando

Por fim na nota o Banese diz que segue estudando alternativas para enfrentamento dos efeitos econômicos gerados com a pandemia e acredita que é preciso irrigar a economia com muita atenção e
responsabilidade, permitindo que as cadeias econômicas continuem a funcionar. “O banco recomenda aos clientes, em especial aos servidores públicos, que acompanhem as informações oficiais do Banese nos meios de comunicação da instituição”.

Exclusiva!

Um leitor da coluna, da iniciativa privada, revoltado com a demora do Banese, encaminha um desabafo: “o Banese não suspendeu o financiamento das pessoas! Na verdade, eles apenas fazem um novo financiamento cobrando juros altos! Uma vergonha! Tenho um financiamento de pessoa jurídica e pedi para prorrogar por 60 dias. Fiquei horrorizado!”.

Bomba!

No e-mail com a proposta do Banese, o empresário diz que as duas parcelas (de R$ 2,5 mil, aproximadamente) solicitadas seriam parceladas em sete vezes, mas com juros de R$ 800. “Para mim isso é um novo empréstimo de duas prestações que nem estão atrasadas. Uma vergonha!”.

Resposta

“Não tenho interesse em fazer um novo empréstimo referente as duas parcelas e pagar R$ 800 de juros referentes a isso, uma vez que estamos no meio de uma pandemia e nossas atividades foram proibidas de funcionar via decreto do governo. Me sinto triste, envergonhado, pois a crise só chegou às empresas e não nos governos e bancos”, respondeu o empresário à proposta do Banese. Com a palavra a direção do “Banco dos Sergipanos”...

Fonte:  Cinform (coluna Cinformando com o jornalista Habacuque Villacorte)

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