sábado, 2 de maio de 2020

CONSIGNADO BANESE: MÁ-FÉ, AGIOTAGEM E OPORTUNISMO IMPERDOÁVEIS, É A AVALIAÇÃO QUE FAZ O DELEGADO PAULO MÁRCIO.


No feriado de 1° de Maio - Dia Internacional do Trabalho - um amigo servidor público acessou o aplicativo Banese com o objetivo de pausar as parcelas do seu empréstimo consignado, com vencimento nos dias 01/05, 01/06 e 01/07/2020.

O banco havia anunciado, dias antes, que disponibilizaria a pausa ou prorrogação das parcelas vincendas tão logo concluísse os ajustes no sistema. Os servidores públicos, que há mais de seis anos estão com os salários congelados, aplaudiram antecipadamente o gesto "solidário" do banco.

Entretanto, esse ato de solidariedade, endossado e ratificado pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) em recente pronunciamento público, revelou-se, na prática, uma medida oportunista e absurdamente desarrazoada, gerando frustração, indignação e revolta entre os servidores públicos ludibriados, muitos dos quais já anunciam que farão a portabilidade para outros bancos a partir da próxima semana. 

No caso citado a título de exemplo, o amigo servidor me encaminhou os prints de toda a operação realizada via aplicativo. Como tantos outros, ele agiu de boa-fé, acreditando estar aderindo à pausa de 3 meses ofertada pelo banco. No entanto, ao invés de uma suspensão na cobrança das parcelas pelo prazo de 90 dias,  transferindo-as para o final do contrato e repartindo-se os juros entre as demais parcelas a vencer, o Banese fez um disfarçado refinanciamento da dívida original, aumentando substancialmente o seu valor.

Na prática, o banco liquidou o contrato de empréstimo consignado existente, substituindo-o por outro muito mais longo e oneroso. É dizer: refinanciou a dívida original sob a justificativa de que estaria pausando o pagamento das parcelas. 

No caso em tela, o servidor público devia 90 parcelas de R$ 3.047,10 (três mil e quarenta e sete reais e dez centavos), perfazendo o montante de R$ 274.239,00 (duzentos e setenta e quatro mil duzentos e trinta e nove reais). 

Após o refinanciamento travestido de prorrogação, passou a dever 110 parcelas no valor de R$ 3.046,70 (três mil e quarenta e seis reais e setenta centavos), equivalente a R$ 335.137,00 (trezentos e trinta e cinco cento e trinta e sete reais).

Um aumento de R$ 60.898,00 (sessenta mil oitocentos e noventa e oito reais) da dívida original. Poderia ser pior não estivéssemos em pleno feriado do Dia do Trabalhador. 

Nem é precioso dizer que o Banese apunhalou o servidor público pelas costas, aproveitando-se da complicada conjuntura para agiotar de maneira vergonhosa e desleal. A bem da verdade, trata-se de um ato de sabotagem contra o próprio banco e o atual Governo do Estado, que em sã consciência jamais compactuaria com tamanha sordidez. 

Se Belivaldo foi firme ao decretar o fim da flexibilização da quarentena em razão do aumento do número de casos de COVID-19 no estado, eu não tenho a menor dúvida de que irá interceder junto à diretoria do Banese para que todos os refinanciamentos frutos da má-fé sejam imediatamente anulados, disponibilizando-se aos servidores a verdadeira opção de pausar o pagamento das parcelas do consignado nos moldes praticados por outros conceituados bancos públicos e privados.

Delegado Paulo Márcio (DC)

Um comentário:

  1. Sr. Deputado, o banese tem faltado com as recomendações do banco central e não está prorrogando os empréstimos dos seus clientes, aposentados e pensionistas.
    Alguns conseguem e outros não, o banco alega que essas pessoas não tem direito, mesmo com 10 prestações pagas do empréstimo consignado, não podendo renovar e prorrogar como manda o BC, por isso solicito de V.S. urgente no sentido de solicitar ao banco igualdade para todos, pois o banco não está cumprindo o que foi acordado pelo BC e deixando muitos clientes sem fazer a prorrogação de seus consignados.
    Pelo seus eleitores e pelo povo de Sergipe.
    Obrigado

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