sexta-feira, 16 de outubro de 2020

BOMBEIROS PROMOVEM FORMATURA DE ENCERRAMENTO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS.







Foi realizada, nesta quinta-feira (15), na Praça de Eventos da Orla de Atalaia, em Aracaju/SE, a formatura de encerramento do Curso de Formação de Soldados (CFSd) do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE). Ao todo, estão sendo formados 73 soldados, que passaram por uma capacitação de 1.803 horas/aula, com duração de onze meses. A solenidade, que acontece em meio às comemorações do centenário da corporação, contou com a participação do secretário de Estado Geral de Governo, José Carlos Felizola, e demais autoridades civis e militares. A tropa foi formada seguindo-se os protocolos de distanciamento para prevenção contra o coronavírus.

Esta é a quarta turma de soldados formada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe após a desvinculação da Polícia Militar. Os três primeiros colocados do curso foram Rafael Hora Quintino, com média final 9,01, Renee Dante Araújo Chagas (8,95) e Mariane Gomes Marques (8,93). O curso, que tinha começado no dia 04 de novembro de 2019, foi realizado nas dependências do Departamento de Ensino, Pesquisa e Instrução (Depi), localizado no Bairro Getúlio Vargas, em Aracaju. Dentre as principais instruções recebidas pelos novos soldados no processo de formação estão Sistema de Comando de Incidentes; Atendimento Pré-Hospitalar; Salvamento Terrestre; Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas; Salvamento em Altura; Resgate Veicular; Salvamento Aquático e Técnica de Combate a Incêndio.

Segundo o comandante-geral do CBMSE, coronel BM Alexandre José, a ampliação do efetivo faz parte das linhas de ações previstas no planejamento estratégico institucional, no sentido de fortalecer a capacidade operacional da corporação. No discurso para os novos soldados, ele destacou que se tratava de um dia importante para os formandos, familiares e toda a sociedade sergipana, pois agora a população conta com um número maior de bombeiros, prontos para esta missão tão admirada que é a de salvar vidas.

“Vocês já passaram por um estágio em que tiveram a oportunidade de vivenciar as situações pelas quais o bombeiro militar passa na vida real. Já apagaram incêndios, realizaram resgates e salvamentos, já atuaram em diversas outras atividades. Olho para esta tropa e vejo mulheres e homens vitoriosos. Não só porque passaram por um criterioso concurso público com quase 21 mil pessoas inscritas. Não só porque conseguiram finalizar o Curso de Formação de Soldados. São vitoriosos porque estão abraçando a profissão de ‘soldados do fogo’ com seriedade, dedicação e vontade de engrandecer o CBMSE”, disse o comandante.

O chefe do Depi, tenente-coronel BM Douglas de Moraes, ressalta que esta turma foi a que teve melhor formação técnica, em especial pela quantidade de materiais que foram disponibilizados para as instruções, além de contar com um corpo de instrutores bem preparados. “É uma turma muito disciplinada, compromissada e interessada em crescer operacionalmente. Para mim, é um orgulho ter participado da formação deles. Agradeço o empenho de toda coordenação do curso; do corpo de alunos, comandados pelo major Oliveira, e do pessoal da seção técnica de ensino, comandada pelo major Melo. O aluno passa mais de 80% do tempo em contato com as instruções operacionais e 80% do resultado de qualidade do curso se deve ao empenho dos instrutores. Os outros 20% são dedicados ao trabalho da nossa equipe, que tentou garantir a melhor condição de segurança, logística e técnica para que as instruções pudessem ser realizadas da melhor forma possível”.

Pelos critérios de admiração e respeito, a sargento Cristiane Santana Leal foi o nome escolhido pelos alunos para dar nome à turma. A decisão surpreendeu a militar, única mulher a atuar na coordenação do CFSd. “Primeiro gerou uma surpresa, devido eu estar cercada de tantos profissionais e mesmo assim me escolherem. Isso me deixou infinitamente feliz. Isso prova que é a identidade da turma, que eu sirvo de inspiração para eles. É uma honra. É muito gratificante ver a evolução deles, acompanhar todo o processo e participar desse crescimento. Consegui atingir meu objetivo, que é dar o meu melhor como sargento, como mulher e como profissional”.


A soldado Leny Maia confessa que, no início, foi difícil a transição para a vida militar, uma vez que a questão física e psicológica pesava junto com o cansaço. “Não entendíamos o motivo de toda pressão e achávamos que aquilo não era necessário. Hoje, a gente consegue enxergar que tudo é necessário, que é essencial para a nossa formação e para a gente saber como agir no dia a dia. O curso era uma superação diária e, ao fim de cada semana, eu me sentia vitoriosa por ter conseguido finalizar. Escolheram os melhores e mais qualificados instrutores para o curso e a gente conseguiu perceber isso. Além disso, a união das turmas foi muito importante, pois quando um pensava em desistir, a turma toda incentivava a continuar”, declara.

O soldado José Manuel dos Santos Júnior concorda com a colega e acrescenta que começar um curso de formação de soldados aos 19 anos de idade não foi uma tarefa fácil. “Nunca imaginaria 1% das experiências vivenciadas ao longo desses meses, mas agora posso dizer que cada momento valeu muito à pena. A passagem do mundo civil para o mundo militar não foi nada tranquilo, porém consegui superar com todo apoio dos outros alunos e de vários militares, que forneceram ensinamentos e dicas para enfrentar da melhor forma. Apesar de todo treinamento, afirmo que ainda tenho que aprender muito durante os anos que passarei no CBMSE. Tenho convicção que saio desse curso uma pessoa melhor do que quando entrei. O lema ‘vidas alheias e riquezas salvar’ será carregado comigo pra sempre”, finaliza.

Por: Flávia Barreto

Fotos: Sgt Fernandes e Flávia Barreto

Fonte:  CBMSE

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