quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

"MOEDA COMUM" É UM "TANGO ARGENTINO" ONDE SÓ O BRASIL DEVE "DANÇAR"!


Ainda é cedo para fazer duras críticas ao governo do presidente Lula (PT), que sequer concluiu seu primeiro mês, mas, com todo respeito, é no mínimo “curioso” esse “acordo bilateral” entre o Brasil e a Argentina, anunciado nessa segunda-feira (23), pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández. E aqui não se trata da “crítica pela crítica”, e também não há problema algum em uma possível reaproximação comercial com os “Hermanos”, mas é inegável que esse mais parece um “negócio da China”…

E aqui este colunista, mesmo sem ser especialista em economia, se municiou de algumas informações para explicar aos leitores que a ideia original – pelo menos o que se preceitua – é de que brasileiros continuam tendo o Real e os argentinos o Peso, respectivamente, como moedas nacionais. Lula e Alberto querem fortalecer a integração regional com os países da América do Sul, com uma moeda específica para ser aplicada em transações comerciais e financeiras entre os países, sob a argumentação de diminuir a dependência do dólar.

No discurso, a proposta pode até soar bem para os ouvidos de quem acompanha, sobretudo, os aliados, militantes e “apaixonados” pelo governo Lula, mas, principalmente, os investidores argentinos, com pouco crédito no mercado internacional e que teriam uma oportunidade comercial junto aos bancos e exportadores brasileiros. Mas os “otimistas” que perdoem este colunista, mas o cenário que está sendo posto pode representar sim um grande risco, com um “cheiro forte” de “calote”! Nossos “vizinhos” estão praticamente “quebrados”, financeiramente falando…

E, mesmo sem dominar o assunto, este colunista reproduz aqui o mesmo questionamento de milhares de brasileiros neste momento: por que iniciar a busca por acordos comerciais com um País “quebrado”? O Brasil está incomodado com relação da China com a Argentina, que sempre foi um importante parceiro comercial e a impressão que fica é que este “acordo bilateral” parece ser bem expressivo para os “vizinhos”, que meses atrás passavam pelo sério risco de um gigantesco “calote” em seu mercado doméstico, com fuga de investidores em busca de mercados menos arriscados.

E, logo nós, “Luiz Inácio”, com tantos problemas internos para resolver, vamos entrar nessa apenas para ajudar a Argentina de um “colapso financeiro” ainda maior, causado por eles mesmos? Qual o ganho real desse acordo? Quanto isso representa para a economia nacional? Seria um gesto comercial ou puramente ideológico? Ahh os Chineses estão negociando melhor com os argentinos do que nós, brasileiros? Nem parece que os “chineses” não negociam com o nosso mercado…vamos resolver o problema deles, mas quem vai resolver os nossos? O “Chapolin Colorado”?

Nas tratativas entre Lula e Alberto, eles só não disseram que o povo argentino já não acredita em sua própria moeda, passou-se a ter uma demanda por títulos próprios, e para protegerem seus investimentos os “Hermanos” passaram a usar mais o dólar em suas negociações. Querer ser “referência econômica mundial” já seria um pouco demais, considerando o momento atual, ainda mais iniciando um “acordo bilateral” logo com um “país quebrado”, do ponto de vista monetário! Essa tal “Moeda comum” mais parece um “velho tango” onde só o Brasil deve “dançar”…

Fonte:  Faxaju (coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte)

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