terça-feira, 25 de outubro de 2011

INQUÉRITO CONTRA POLICIAIS É CONSIDERADO ILEGAL.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) emitiu parecer em que considera ilícito o Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado contra cinco PMs.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) emitiu parecer em que considera ilícito o Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado contra cinco Policiais Militares de Sergipe, por suposta fraude em assembleia geral realizada em 2009, para a mudança de estatuto da classe. À época da reunião da categoria, os cinco PMs foram acusados de forjar assinaturas de policiais filiados à instituição, que não teriam participado da assembleia.

“Mesmo antes do parecer jurídico da 6ª Vara Militar, o comando abriu um Conselho de Disciplina para expulsar os PMs da corporação”, explicou o sargento Edgard Menezes, um dos investigados no inquérito. “Tudo não passou de uma manobra de uns poucos na polícia que querem nos calar, porque estão incomodados com a nossa luta”, especulou o sargento.

De acordo com o documento da PGE, são considerados ‘ilícitos eventualmente praticados por militares estaduais na gestão de entidade privada de classe’. Isto quer dizer que que não cabe à Justiça Militar julgar ações de instituições privadas, a exemplo da Associação Beneficente dos Servidores Militares de Sergipe, organizadora da assembleia de 2009. “Se houve irregularidade neste caso, cabe à Justiça comum dizer, não ao comando”, reforçou sargento Edgard.

“O inquérito envolve cinco policiais, mas ele só cita os nomes dos sargentos Edgard e Vieira. Por quê?”, declarou sargento Jorge Vieira, dando a entender que o IPM tem por objetivo um esquema de perseguição contra os dois militares que estavam à frente da Associação, à época da assembleia geral. “Inclusive pedimos que uma das testemunhas que nos acusou de forjar assinaturas fosse a nossa testemunha de defesa, porque foi nesse momento que provamos a contradição de informações. O policial que assinou a acusação declarou que sequer sabia o que estava assinando”, revelou Vieira.

Os Militares de Sergipe reiniciaram no último dia 17 de outubro o ‘Movimento Tolerância Zero’, com um bolo servido na porta da Assembleia Legislativa. Eles se queixam da situação de profissionais que há 18 anos estão na polícia e ainda são cabos, por exemplo. “O Movimento é para dizer que estamos fartos da desfaçatez do Governo de Sergipe com a polícia. Não me refiro a um governo e sim à gestão pública de modo geral. Para fazer uma ideia, a última vez que edificaram um prédio para nós foi o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), em 1979. De lá para cá tudo é arranjado”, denunciou Edgard.

Fonte: Jornal da Cidade

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