quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

DOCUMENTOS MOSTRAM REPROVAÇÃO DE OFICIAIS DA PM.

Comandante afirma que concurso não possuía regulamentações

Documentação mostra a reprovação de policiais no concurso de 1987 (Fotos: Portal Infonet)

A equipe do Portal Infonet teve acesso a uma documentação que mostra que oficiais da Polícia Militar de Sergipe que prestaram o concurso em 1987 foram reprovados nos testes de aptidão física e nas provas inscritas. A informação é que a média do concurso era 5 e todos os aprovados ficaram abaixo da média estabelecida. Na lista aparece o atual comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Nailson Santos, que ficou na nona colocação com média final 3,49. O atual comandante geral da Polícia Militar, coronel Aelson Resende Rocha, também aparece na mesma lista na 16ª colocação com 3,16.

O comandante do Corpo de Bombeiros diz que há dois anos recebeu no seu gabinete a mesma documentação de forma anônima e que tem conhecimento de que foi reprovado na aptidão física e que ficou na nona colocação.

“O que aconteceu foi que esse concurso de 1986 não existia uma série de regulamentações que existe hoje. O concurso foi aplicado pela PM da Bahia em dezembro de 86. Tinha 18 anos e o que sabia era que existiam 10 vagas e eu passei na nona vaga. O concurso tinha média 5, mas ninguém alcançou a média. Com relação ao teste físico eram exigidas sete barras e eu fiz apenas quatro barras, mas nessa época não existia portaria definida”, relata o comandante.

O comandante é citado como reprovado na aptidão física

“Nessa época ninguém queria ser polícia, mas hoje nós temos regulamentação. Lembro que logo após a aprovação eu e outros fomos enviados a Brasília. Na época lembro que já formado o coronel Batista, que era comandante, disse que aptidão física se adquire com o trabalho. Agora tem que perguntar ao coronel Batista sobre o assunto”, diz o coronel Nailson Santos que ressalta que não é parente de militar e que não pediu a ninguém para entrar na corporação.

“Não sou filho de político e nem de militar, minha mãe, que já faleceu, trabalhava em uma banca de feira no Mercado Central e meu pai é vigilante aposentado da Secretaria da Educação. Hoje a realidade é outra. Os concursos pedem o mínimo no TAF (Teste de Aptidão Física) e não podem reprovar. Esse tipo de coisa não macula a minha imagem de serviços há 25 anos, mas nós hoje vivemos um mundo de denuncismos [sic], e coisas anônimas aparecem, mas é preciso mostrar a cara”, salienta.

O Portal Infonet entrou em contato com a Polícia Militar, após inúmeras ligações, recebemos a informação de que a assessoria de comunicação não tem conhecimento do assunto e que poderá se pronunciar na manhã desta quinta-feira, 21. Permanecemos a disposição, por meio do (079) 2106-8000 ou jornalismo@infonet.com.br.

Fonte: Infonet (Kátia Susanna)

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