quinta-feira, 27 de março de 2014

DENÚNCIA NO MP DE TRABALHOS FORÇADOS NO CBM.

Na manhã de ontem, 26, a assessoria jurídica da AMESE, através do Dr. Márlio Damasceno, adentrou com uma notícia crime perante o Ministério Público, mais precisamente na Curadoria do Controle Externo da Atividade Policial, através do Promotor de Justiça Dr. João Rodrigues, solicitando que seja apurada suposta prática de trabalhos forçados e assédio moral ao soldado do Corpo de Bombeiros, Fábio Oliveira Nunes, fato ocorrido no dia 30 de janeiro do corrente ano, dentro do Quartel Central do Corpo de Bombeiros.

Punição

Segundo a denúncia da AMESE, o soldado foi punido disciplinarmente para cumprir uma detenção de 01 (um) dia a ser cumprida no Quartel Central do CBM, fato que ocorreu na data acima citada, face a uma suposta falta ao serviço quando já estava em período de férias, motivo pelo qual o militar adentrará com o devido processo anulatório de punição disciplinar dentro em breve.

Determinações

“Ocorre que, quando iniciou o cumprimento da sua reprimenda de dois dias, o Sd. Fábio ficou detido no alojamento, onde posteriormente recebeu duas determinações de um Oficial BM para serem cumpridas, sendo uma pela manhã e outra pena noite.  A primeira determinação foi para que o militar removesse uns cascalhos com uma pá e um balde grande, até o jardim, mais precisamente embaixo de uma árvore que fica no meio do pátio do Quartel Central do CBM, cujo material era composto de concreto e ferros oxidados, ressaltando que tal remoção se deu no momento em que a guarnição operacional estava no pátio, participando de um ciclo de treinamento que estava ocorrendo diariamente.”, diz a assessoria da AMESE na denúncia.

Remoção

Segundo o advogado da AMESE, como se não bastasse tal determinação, à noite, o Sd. Nunes teria que cumprir a segunda, que era também a remoção de outros materiais diversos, quais sejam, resto de partes de veículos, restos de armários, ferragens, equipamento de proteção individual inservível, dentre outros, do local onde estavam até as proximidades da calçada, para que os lixeiros recolhessem, momento em que, devido à situação humilhante, momento em que um sargento adjunto do oficial de dia, foi conversar com um outro oficial, que deu uma contraordem, para que não fizesse essa segunda remoção.O fato causou inclusive constrangimento aos colegas bombeiros militares, que o sargento adjunto do Oficial de Dia, colocou tais fatos em livro da corporação.

Estresse

Na denúncia a AMESE relata que face a tais abusos, o militar foi acometido de um estresse pós-traumático, tendo sido afastado de suas atividades laborativas por 60 (sessenta) dias por recomendação médica e cujo afastamento foi homologado pelo HPM (Hospital da Polícia Militar), chegando ao posto de fazer uso de remédio controlado.O advogado agora aguarda que o fato seja devidamente apurado.

Fonte:  Blog do jornalista Cláudio Nunes

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