quarta-feira, 21 de outubro de 2015

PM É DETIDO ACUSADO DE SUPOSTA TORTURA E DELEGADO DEIXA A DELEGACIA ESCOLTADO EM SÃO PAULO.

Sargento teria dado choques em homem detido por roubo.
Policias militares se concentraram na frente de delegacia em Itaquera.


Um sargento da Polícia Militar foi preso na terça-feira (21) ao apresentar em uma delegacia de Itaquera, na Zona Leste da capital, um suspeito de roubo. O homem detido afirmou que foi torturado antes de ser levado à delegacia e que chegou a levar choques no pescoço, na região das costelas e no pênis. O delegado prendeu então tanto o suspeito de roubo como o policial militar.

O caso levou até a frente do 103º DP outros policiais militares e familiares dos policiais envolvidos. O grupo protestou contra a prisão do sargento. Deputados ligados às polícias Civil e Militar também foram ao local. O delegado Raphael Zanon, que investiga o caso, acabou deixando a delegacia sob escolta durante a madrugada.

Segundo o boletim de ocorrência, o suspeito Afonso de Carvalho Trudes confessou ter roubado uma loja de sapatos. Ele tinha uma arma de brinquedo, que foi apreendida. O criminoso contou que, após ser preso, os três policiais pararam a viatura na Avenida Luís Mateus. O sargento Charles Otaga, de 41 anos, foi o responsável por aplicar os choques, segundo o relato.

O suspeito disse ainda que outro policial pegou uma faca e que ela foi usada pelo sargento Otaga para ameaçá-lo. A tortura teria durado cerca de 15 minutos.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) constatou diversas lesões de natureza leve no jovem preso. O advogado do sargento Charles Otaga, Fernando Pittner, falou que o ladrão disse inicialmente que a bicicleta usada por ele no roubo e que foi colocada pela polícia com o suspeito no carro da PM para levá-la à delegacia foi a causadora das escoriações. Tanto o detido como a bicicleta foram conduzidos no espaço reservado a presos.

Pittner disse ainda que os policiais só pararam o carro a caminho da delegacia para ajustar a posição da bicicleta.

O sargento Charles Otaga deixou o local sob aplausos das pessoas que aguardavam do lado de fora. Ele foi levado pela polícia para o presídio militar Romão Gomes.

Os outros policiais militares envolvidos na ação não foram detidos, mas serão investigados.
A Secretaria da Segurança Pública, responsável pelas polícias militar e civil, afirmou que apura o caso.

Fonte G1

Fonte da imagem acima:  Policial BR

Nenhum comentário:

Postar um comentário