Em editorial não assinado, publicado pelo Jornal do Dia em 09 de agosto, os policiais e bombeiros militares do Estado de Sergipe foram acusados de fazer “corpo mole” ao deflagrar o movimento Polícia Legal.
É lamentável que um veículo de comunicação utilize seu espaço para tentar colocar a população contra os verdadeiros heróis de nosso país.
Em nenhum momento o referido jornal se colocou ao lado daqueles que são a única categoria de servidor público que coloca a própria vida em sacrifício para proteger uma sociedade na qual a inversão de valores é gritante. O referido periódico poderia traçar seu editorial solicitando o apoio da sociedade para profissionais que não possuem carga horária definida em lei, que tem a liberdade de seus integrantes tolhida caso incorram em erros administrativos comezinhos e que, historicamente, sempre foi relegada ao segundo plano pelo Governo do Estado – seja qual fosse o governador ou secretário de Segurança Pública.
A matéria ainda apregoa que os militares tiveram privilégios concedidos nos últimos anos. A pergunta que fazemos é: quais?
Quatro anos sem reajuste? Um soldado esperar 18 anos para ser promovido a cabo? A não aprovação do subsídio, sendo a única categoria dentro da SSP que não é remunerada desta forma? Quais benefícios, senhor jornalista?
Fomos acusados de irresponsáveis, mas em nenhum momento o jornal responsabilizou o governo pelo descaso na segurança pública, a falta de investimento em prevenção, os maltratos causados contra profissionais que fazem parte de uma categoria com nível de estrese elevado e que não é reconhecida.
Ao lidar desta forma com profissionais que dedicam suas energias para o bem estar da sociedade, o jornalista em tela – ressaltamos, não identificado – só vem a colaborar com o descrédito que a população tem em parte da imprensa e ajudar a desconstruir a excelente imagem de homens e mulheres de bem perante a sociedade sergipana.
Jorge Vieira da Cruz – Sargento RR PM
Fonte: Faxaju
Lamentável o artigo publicado no Jornal do Dia. Mas permitam-me observar que, ao passo que revolta, não surpreende, uma vez que aquele veículo de comunicação é conhecido por sua posição aversa à imparcialidade e manchetes com objetivos claros e políticos.
ResponderExcluirCabe, portanto, ao público ler, discernir, selecionar e pensar sempre na clássica frase: a quem interessa?