terça-feira, 13 de setembro de 2016

COAÇÃO INVERSA: COMANDO APERTOU, MAS DESTEMOR DE PRAÇAS DERRUBOU A ONIPOTÊNCIA DOS SEMIDEUSES.

Após suposta prisão de militar da Radiopatrulha escandalizada na mídia, policiais receberam fardamentos cobrados.


Pressão é a palavra do momento. Ao que parece, a segurança pública em Sergipe só tem efetividade quando os desmandos são escancarados e viralizam nas redes sociais, e a partir de então os excluídos mostram que ainda há um fio de esperança, ainda que na complacência divina.

Prova foi o desenrolar do impasse ocorrido ontem na corporação militar e que resultou em inúmeros desdobramentos que foram desde a prisão de um PM que solicitou fardamento novo, fato negado pelo Comando, mas assegurado em áudio gravado por praças que se fizeram presentes ao QCG, até o cumprimento do dever do Estado em fornecer os uniformes.

Pois é, o escândalo que estampou manchetes dos veículos de comunicação locais serviu para que, após mais de seis horas prestando depoimento, o militar da Radiopatrulha preso e outros 16 que acompanharam a solicitação fossem atendidos com a entrega, ainda na tarde de ontem, dos fardamentos. Contudo, somente foram encaminhados à base da RP as contáveis 17 becas.

A onipresença da polícia foi mostrada e a onipotência dos semideuses derrubada, certamente uma vitória entre as inúmeras lutas dos SEM DIREITOS, desmandos que refletem diretamente na conjuntura social e fazem com que os cidadãos sejam mantidos reféns da criminalidade e de um sistema que já demonstra falência.

Nessa guerra fria interna, de conflitos explicitamente ideológicos, AINDA mantemos a Paz Armada. Porém, enquanto a fragilidade é exposta o crime estoura e, delinquentes, assim como polícia, se tornam potência. A consequência? "O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído. O acaso vai me proteger, enquanto eu andar".

* Foi utilizado no texto trecho da música Epitáfio, interpretada por Titãs.

Fonte:  Itnet (Iane Gois)

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