domingo, 16 de outubro de 2016

CERCA DE 40% DAS MULHERES DA SEGURANÇA PÚBLICA JÁ FORAM VÍTIMAS DE ASSÉDIO MORAL OU SEXUAL EM SEUS LOCAIS DE TRABALHO.


O dado preocupante foi divulgado e debatido no 10º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, realizado de 21 a 23 de setembro, em Brasília, reunindo estudiosos do tema e profissionais da área. A Anaspra esteve representada pelo presidente e diretor de Relações Públicas da Aprasc, cabo Elisandro Lotin, pelo vice, subtenente Héder Mártins e diretor jurídico, sargento Marco Bahia, ambos da Aspra de Minas Gerais.

"Ano passado um programa de televisão fez uma matéria com três policiais de Minas Gerais foram vítimas de assédios dentro do quartel. A partir desta matéria e dos dados da pesquisa conseguimos criar no Ministério da justiça um comitê para tratar destas questões. Fizemos algumas reuniões e estávamos elaborando uma cartilha com orientações e mudanças na legislação, mas com a mudança do governo não tivemos andamento. Porém, já iniciamos contato com o novo ministro para reativarmos o comitê, que já produziu resultados positivos, como por exemplo, a questão dos coletes femininos à prova de bala que já começaram a ser distribuídos pelo ministério às policiais", destacou Lotin.

O presidente da Anaspra agradeceu ao FBSP por subsidiar os policiais e a comunidade com informações estatísticas e técnicas sobre a segurança pública e sobre os profissionais, fundamentando as entidades com dados para que estas cobrem dos governos melhorias para os policiais e bombeiros. O encontro tratou também sobre o papel das instituições policiais e neste tema todos os profissionais da área (PC, PM, PRF, PF e GM), debateram assuntos como ciclo completo de polícia, desmilitarização, acesso único, fim da pena de prisão administrativa, autonomia da PF, unificação, entre outros que versam sobre a arquitetura do modelo de segurança pública.

Na oportunidade, o presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais (CNCG), coronel PMMG Bianchini, informou a todos que a entidade oficialmente passará a defender o acesso único no âmbito das instituições militares. O acesso único é um dos seis pontos centrais defendidos pela Anaspra e vem sendo objeto de conversas com a Feneme e com o CNCG desde de 2014, assim como o ciclo completo (ver relação no site Anaspra). "Ficamos muito felizes com a postura do CNCG na questão da aceitação do acesso único, pois para nós da Anaspra este tema era um ponto crucial para a evolução das instituições militares, assim como o fim da pena de prisão administrativa, entre outros que reputamos como sendo fundamentais para o nosso futuro enquanto profissionais e enquanto instituição" finalizou Lotin.

Fonte: Assessoria de imprensa da APRASC

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