terça-feira, 27 de dezembro de 2016

FUGA EM PRESÍDIO: SERVIDORA E SEGURANÇA ESTÃO PRESOS.

Polícia Civil investiga fuga de Zé do Pantanal

Zé do Pantanal tem um histórico de prisões (Foto: Divulgação Sindpen)

Uma servidora pública e um segurança da empresa Reviver, que administra o Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), localizado no bairro Santa Maria, em Aracaju, estão presos. A confirmação veio através da Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa ao Consumidor (Sejuc) que afirmou que o caso é investigado pela Polícia Civil. Os nomes dos presos não foram fornecidos pela Sejuc.

De acordo com a assessoria de comunicação da secretaria, as prisões ocorreram por suspeita de facilitação na fuga de um dos traficantes mais temidos da região do Pantanal, preso durante a operação Onça Pintada. O caso foi mostrado pelo Portal Infonet quando Ronaldo dos Santos, mais conhecido como Zé do Pantanal, fugiu do Compajaf, na última quarta-feira, 21.

De acordo com o vice-presidente Sindicato dos Agentes Penitenciários de Sergipe (Sindipen), Wesley Alves, a fuga ocorreu após a servidora ter confundido o traficante com outro preso que tinha recebido a liberação para soltura. O sindicalista explica que a verificação no presídio ocorre por meio de fotografia e que nem sempre as condições das fotos são boas.

Segundo informações do sindicato, o que ocorreu é que de posse do alvará de soltura, o segurança da empresa terceirizada foi até a cela e chamou pelo nome do detento que estava na ala e no momento da apresentação, Zé do Pantanal se identificou como sendo o detento que ganhou o direto a liberdade. O traficante deixou o presídio pela porta da frente e ainda não foi recapturado.

“Esse sistema de identificação dos presos é falho. Investem em uma empresa para atuar no presídio, mas não investem em uma identificação biométrica. A verificação por meio de fotos é falha, porque as fotos nem sempre estão nítidas, e existem pessoas que têm as mesmas características”, critica Wesley Alves que pontua criticas a Sejuc.

“Não é somente no Compafaj, em todos os presídios não têm a identificação biométrica, o que pode gerar falhas. Nós temos algumas questões que nunca foram esclarecidas, como a morte do agente Tonho da Lua e aquela fuga no presídio de Glória. Até hoje nunca tivemos uma resposta em relação às armas que entraram no presídio”, questiona.

SSP/SE

A equipe do Portal Infonet também conversou com a assessoria de comunicação da Secretaria da Segurança Pública (SSP/SE) que esclareceu que o caso é investigado pelo coordenador das Delegacias da Capital, o delegado André Baronto. A SSP deixou claro que Zé do Pantanal é perigoso e foi preso na operação Onça Pintada. Ainda segundo a assessoria, a polícia investiga as circunstâncias da fuga e trabalha na recaptura do mesmo.

Identificação biométrica

Sobre a identificação biométrica e o sistema prisional, a assessoria da Sejuc ressaltou que esforços estão sendo feitos pela atual gestão para investir na segurança dentro dos presídios. A informação é que, após a fuga, o sistema de identificação biométrica já começou a funcionar no Compafaj e será estendido ao presídio de São Cristóvão. A Sejuc acrescenta ainda que o detento que estava com o nome no alvará de soltura e não se apresentou para sair cumpre regime disciplinar.

Zé do Pantanal

Essa não foi a primeira vez que o traficante foi preso. Em 2010, a equipe do Portal Infonet mostrou uma investigação do Departamento de Narcóticos (Denarc) e a Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) com apoio do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) terminaram na prisão de “Zé do Pantanal” ou “Zé Bimbal” como é conhecido. Na época, a reportagem mostrou que o preso era temido por aterrorizava as pessoas para que elas abandonassem suas casas e em seguida se apropriava dos imóveis.

Quem souber de informações que levem a recaptura do traficante Zé do Pantanal pode entrar em contato com a polícia, por meio do disque-denúncia, o 181.

Fonte:  Infonet (Kátia Susanna)

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