terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

MINISTRO RAUL JUNGMANN DEMITE FERNANDO SEGÓVIA DO COMANDO DA POLÍCIA FEDERAL.

No primeiro dia como ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann decidiu afastar Segovia do cargo, substituindo-o por Rogério Galloro; o ex-diretor-geral se envolveu em polêmica ao comentar inquérito contra Michel Temer

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Segovia sai do comando da PF nesta terça-feira (27) após se envolver em polêmicas com inquérito contra Temer

O novo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, demitiu Fernando Segovia do comando da Polícia Federal na tarde desta terça-feira (27). O ex-diretor-geral será substituído por Rogério Galloro. As informações são da Globo News. 

A demissão de Segovia acontece depois de ele se envolver em diversas polêmicas, sendo a última uma entrevista concedida à agência Reuters , em que comentou que o inquérito que investiga o presidente Michel Temer (MDB) poderia ser arquivado, e ainda que o delegado responsável pelo caso corria o risco de ser punido. 

Depois da fala polêmica, o então diretor-geral da PF foi intimado pelo ministro do STF, relator Luís Roberto Barroso, para prestar esclarecimentos sobre o caso. Barroso é relator na ação que investiga o presidente Temer por suposto crime envolvendo a edição do Decreto dos Portos.

O substituto

Quem assume o cargo a partir de hoje é Rogério Galloro, que estava no comando da Secretaria Nacional de Justiça depois de ser nomeado, no fim do ano passado, pelo então ministro da Justiça, Torquato Jardim. 

Relembre a polêmica

Em entrevista publicada pela agência Reuters no dia 9 de fevereiro, o diretor-geral da PF criticou a qualidade das provas colhidas no âmbito das investigações sobre suposta vantagem indevida oferecida pela empresa Rodrimar, que opera o porto de Santos, ao presidente Michel Temer.

"Os indícios são muito frágeis, na realidade, de que haja ou que houve algum tipo de influência realmente, porque em tese o decreto não foi feito para beneficiar aquela empresa”, disse. "Se houve corrupção ou ato de corrupção, não se tem notícia do benefício. O benefício não existiu. Não se fala e não se tem notícia ainda de dinheiro de corrupção, qual foi a ordem monetária, se é que houve, até agora não apareceu absolutamente nada que desse base de ter uma corrupção”, completou o delegado.

Fernando Segovia também afirmou que ainda há diligências a serem cumpridas no âmbito da investigação e disse acreditar que em até três meses a apuração será concluída. "Tudo que for indício que possa reportar uma possibilidade que ache uma prova que sustente esse tipo de acusação a gente vai ter que checar. É muito mais uma checagem de tudo que a gente tem para que no final não dê um veredicto ‘olha checamos tudo e não tem nada’. ‘Ah, mas vocês checaram tudo mesmo?'. Sim, foi tudo verificado", declarou o diretor-geral da PF, indicando a tendência de pedir o arquivamento do inquérito.

Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2018-02-27/segovia-demitido-pf.html

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