segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

GOVERNO EM SÉRIA CRISE FINANCEIRA E A OPOSIÇÃO FISCALIZANDO A PRÓPRIA OPOSIÇÃO!


Terminado o processo eleitoral de 2018, com a vitória acachapante do governador Belivaldo Chagas (PSD), criou-se uma expectativa sobre quem lideraria a oposição a partir de 2019. Passaram os meses de novembro e dezembro, já estamos na segunda metade de janeiro e, até agora, ninguém se manifestou. É natural que o resultado expressivo do “galeguinho” precisa ser bem digerido, erros precisam ser diagnosticados e estratégias devem ser revistas. Isso tudo faz parte do jogo eleitoral, mas o novo governo já se iniciou e, até agora, não há qualquer aceno sobre a oposição.

Aí algum governista vai dizer: “é preciso dar tempo para Belivaldo”! Este colunista é quem mais defende prudência nas críticas e cobranças ao governador, mas não custa lembrar: ele está no comando do Estado desde abril do ano passado e, em pouco mais de dois meses, completará um ano a frente da gestão. Não dá, por exemplo, para “esperar”, mesmo porque, se estava com a “caneta nas mãos”, o “galeguinho” já poderia ter promovido mudanças entre os auxiliares a mais tempo. É preciso bom senso com os novatos sim, mas o governo precisa apresentar resultados, mostrar para que veio…

E o ano de 2019 é ainda mais crítico do que terminou 2018. Se antes as dificuldades financeiras eram enormes, agora mesmo com todos os cortes anunciados e reduções promovidas, já se fala em “calamidade financeira”! Em outras palavras: a expectativa para os próximos meses é de muitos problemas, um verdadeiro caos! E, convenhamos: o que está faltando para o governador “pedir arrego” ao presidente Jair Bolsonaro (PSL)? Vai esperar a situação se agravar ainda mais? O que estão fazendo os órgãos fiscalizadores, por exemplo?

Mas, voltando ao tema central deste comentário, estamos vendo um cenário crítico nas finanças do governo de Sergipe e a oposição, ou melhor, os “gatos pingados” que se dizem “oposição”, mais olham para o “próprio rabo” do que para a situação econômica do Estado. A turma da REDE que está migrando para o PPS é oposição, mas não lidera e nem se “mistura”, ou seja, pouco incomoda; Eduardo Amorim (PSDB), o senador Valadares (PSB), Valadares Filho (PSB), André Moura (PSC) estão afastados e divididos e o ex-governador João Alves Filho (DEM) “aposentado”.

Pior é que os demais ou estão em silêncio ou estão “cavando” espaços ainda mais difíceis dentro da gestão estadual. Estes últimos compõem o bloco dos que “não sabem ser oposição” e vivem pulando de lado, em busca de cargos e prestígio político. Enquanto isso a sociedade sergipana está cada vez mais angustiada, na expectativa por uma resposta exitosa do Executivo, por políticas de fomento que garantam mais emprego, mais renda, que atraiam mais investidores. Mesmo “drama” vivem hoje os servidores estaduais. O funcionalismo está temeroso com o futuro…

Quando o opositor se preocupa mais com o comportamento de quem está fora do poder do que em fiscalizar a administração como um todo, ele presta um grande desserviço à sociedade, em especial, com aqueles que lhe oportunizaram, por determinado período, um mandato eletivo. Em síntese, não importa quem vai ficar na oposição ou quem vai migrar para a situação. Mais importante para o povo é se sentir contemplado com ações do governo e representado com as cobranças e a fiscalização de quem se opõe. Não é exagero: quebraram o Estado, do ponto de vista financeiro, e a oposição não existe!

Veja essa!

Pelas redes sociais o governador anuncia: o engenheiro agrônomo e funcionário de carreira do Incra, André Luiz Bomfim Ferreira, será o novo secretário de Estado da Agricultura, contemplando o Partido dos Trabalhadores.

E essa!

Enquanto o governador segue finalizando sua equipe de trabalho e contemplando alguns partidos políticos, os deputados estaduais da base aliada continuam amargando um “duro esquecimento” por parte do “galeguinho”. Tem gente insatisfeita já…

Velhas perguntas

O governador diz aos quatro cantos que o Estado pode decretar “calamidade financeira”. Mas quem são os responsáveis para chegarmos a este estágio? Quem será responsabilizado por isso? Com a palavra os órgãos fiscalizadores…

Bolsonaro em Sergipe?

Diante da ineficiência financeira que o Estado atravessa e, diante de um caos nas contas públicas, não já teria passado da hora do governador Belivaldo Chagas fazer um apelo ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) vir a Sergipe e buscar uma parceria administrativa em caráter emergencial?

Não caminha sozinho

O que muita gente sabe e não tem coragem de dizer: sem o apoio direto do governo federal, o Estado de Sergipe (leia financeiramente) não se sustenta, não é viável e não consegue caminhar sozinho. É hora de “baixar a guarda” e procurar o presidente. Caso contrário, teremos uma crise ainda maior em breve…

R$ 250 milhões

Do projeto que pedia antecipação dos royalties na convocação extraordinária, do início do mês, Belivaldo disse que usaria R$ 250 milhões para garantir o pagamento dos aposentados e pensionistas por alguns meses, o que representava um “alívio” financeiro. Agora, estranhamente, surge essa “calamidade”. O governo não tem como buscar outra fonte de recursos, que não seja o aumento de impostos?

Deso e Banese

Um “gaiato” percebeu essa situação de calamidade e pontuou: “será que estão preparando o terreno para a venda do Banese e da Deso”? Bom, este colunista já avaliou aqui que a venda, se ocorrer, será total para os dois entes públicos e não de apenas 49% das ações, como se ventilou…

Chegou para resolver

Belivaldo Chagas foi reeleito em outubro passado com o discurso que havia “chegado para resolver” os problemas do Estado, mas, segundo ele mesmo anuncia, as dificuldades só aumentam. O que está acontecendo, afinal?

Fonte:  coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte

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