domingo, 20 de janeiro de 2019

O PRESIDENTE ULICES.


Com a dificuldade cada vez maior de Luciano Bispo reverter a decisão que lhe tirou da Assembleia Legislativa nos próximos quatro anos, o ex-deputado estadual e atual conselheiro presidente do Tribunal de Contas, Ulices Andrade, trabalha com muita intensidade para fazer seu filho, Jeferson Andrade, presidente do Poder Legislativo.

Indo para seu terceiro mandato, Jeferson é visto como um deputado ausente, e de uma atuação toda dependente das ações do pai, que embora seja conselheiro do TCE, não se afastou de sua liderança na política, usando-a rotineiramente no entorno do filho deputado.

Agora, como se não bastasse a presidência do TCE, as indicações de diretorias no DETRAN, outros espaços no executivo, e a primeira secretaria da Alese, Ulices opera silenciosamente entre os deputados reeleitos e aos novos, tentando emplacar Jeferson na vaga que está sendo preservada para Luciano Bispo, até que este complete todos os recursos possíveis de reverter seu indeferimento de registro de candidatura. A investida de paternidade é tão flagrante, que os possíveis deputados votantes tratam tudo diretamente com o pai, ao invés de ser com o deputado candidato.

Embora não digam publicamente, alguns parlamentares mais antigos, e também da nova safra, dizem que o deputado Jeferson Andrade não se preparou, apesar dos dois mandatos já exercidos, para um posto de tamanha relevância como a presidência da Assembleia, cujo pai foi um brilhante presidente quando ali esteve.

Com o cenário que se vislumbra para o Poder Executivo daqui para frente, até que se arrume a casa, o governador Belivaldo Chagas precisará muito da interação com um Poder Legislativo, que possua uma direção mais madura e experiente, que seja capaz de fazer gestão pública, e não apenas da  figura de um jovem que o pai desejou tornar presidente de um Poder.

O governador já disse que pode não participar do processo eletivo da Mesa Diretora da Alese com o impedimento de Luciano Bispo, mas, o “galeguinho” deve atentar para o que possa vir pela frente na sua administração, e que a Assembleia é parte importante nos anseios do Executivo, e sua omissão na escolha da Mesa Diretora poderá não acompanhar o ritmo que ele deseja para sua gestão. 

Por outro lado, são muitos os comentários da concentração de poder para a família Andrade: TCE e Alese, razão pela qual Belivaldo precisará intervir na eleição, mostrando ainda mais que “chegou, chegando” e, por fim, que “chegou pra resolver”. 

Fonte e foto:  Sergipe Notícias

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