E ontem, 20, Sergipe Del Rey protagonizou mais uma fuga do governador que fez uma exposição para os deputados e com a complacência submissa de Luciano Bispo não foi realizado o debate. Fugiu como se o poder legislativo não merece o devido respeito.
Um Belivaldo bem diferente da campanha eleitoral, onde com uma voz entonada e até com grosserias enfrentou os opositores como só ele poderia resolver os problemas de Sergipe. Mesmo sendo ex-secretário, ex-vice-governador e quase conselheiro do TCE, a maioria do povo acreditou na entonação, grande parte da imprensa bancou a candidatura e até a maior parte do PIB sergipano embarcou na “Belivas Solutions Fast” (soluções rápidas de Belivaldo) para Sergipe. Até o lema adotado mostrava isso: “Chegou pra Resolver”.
Ele e todo um aparato de governo jogaram nos ventos litorâneos que a as coisas iriam melhorar. Afinal, quem chega para resolver é, decididamente, conhecedor do veneno e do antibiótico, ora bolas.
Mas depois das eleições, o Galego afinou a voz e está acometido de um mal que provocou em sua excelência um leve esquecimento de suas promessas. Analisando a frase “Chegou pra resolver,” não morfologicamente, mas sintática e semanticamente o certo é que “quem chega para resolver algo”, ontologicamente, reconhece o problema e aponta o diagnóstico. Ponto.
Ora, se Belivaldo ocupava, há décadas, cargos nos governos, era o candidato ao chefe foi executivo era de se esperar que ele sabia de Tudo e tinha a obrigação ética de publicizar e ao propor a solução também informar os limites existentes. A sede de poder e os conselheiros ávidos por se manter na estrutura estatal levou Belivaldo a falar meias verdades.
Agora lamenta. Faz crê que Sergipe está um caos e a um passo do precipício. Se isto acontecer Belivaldo não será apenas testemunha, mas coautor desta trama política que não tem limites.
Agora é esperar pra vê – quando começarem as privatizações, concessões vendas de patrimônio – a turma da esquerda caviar de bico calado para não perder a boquinha.
Culpa dos poderes
E na exposição “democrática” ontem, 20, na Alese o governador Belivaldo Chagas deixou claro que se o Estado não tivesse assumido as folhas de aposentados dos outros poderes (governo Déda) algo em torno de R$ 400 milhões no ano passado os servidores estariam com os salários em dia. E estimou que para este ano se não entrar novos recursos o déficit chegará a R$ 788 milhões.
Sonora vaia
E quando o presidente da Alese, Luciano Bispo, encerrou a sessão sem o debate com os deputados ontem ouviu-se uma sonora vaia das pessoas presentes na galeria. Os deputados Gilmar Carvalho, Rodrigo Valadares, Georgeo Passos e Kitty Lima fizeram duras criticas a decisão do governador e do presidente da Alese em não realizar o debate após a exposição realizada.
Fonte: blog do jornalista Cláudio Nunes
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