terça-feira, 12 de março de 2019

SERGIPANOS ACUSADOS DE "ESQUENTAR" DOCUMENTOS E LEVAR 70 CARROS AO PARÁ.


A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), prendeu na manhã desta terça-feira (12) dois homens acusados de participar de um esquema  e que usando identidades falsas, conseguiram levar cerca de 70 veículos ao Pará.

A operação foi deflagrada em cinco estados simultaneamente, Pará, Amapá, Sergipe e Maranhão  e cumpriu 16 mandados de prisão sendo que três deles em Sergipe. Segundo a polícia civil, a operação visa combater roubos de carros que eram praticados principalmente em locadoras.

Só em Sergipe, os dois homens presos e acusados de participar do esquema, seriam responsáveis por levar mais de 70 veículos para o estado do Pará, onde com a ajuda de servidores públicos, os carros acabavam ganhando uma nova documentação.

Foram presos Robervan Cruz dos Santos e Márcio Henrique Santos Fontes, e as informações são de que Robervan, o “Robinho”, como era conhecido, teria se apresentado à polícia como sendo assessor de um político no interior do estado onde ele foi preso. Há ainda a informação de que “Robinho” tinha uma relação de amizades com vários políticos sergipanos, entre eles, prefeitos e ex-secretários de estado, além de deputados.

A polícia informa ainda que um terceiro elemento que reside em Sergipe não foi localizado e está foragido.

Entenda o golpe

Os alvos do golpe seguiam um perfil definido: automóveis fabricados em 2017 e 2018, quase sempre de alto padrão. Os locatários eram recrutados em estados distintos daquele em que firmavam o contrato, como forma de dificultar as investigações. Após a locação, esses carros eram transferidos para nomes de pessoas físicas, por servidores do Departamento Estado de Trânsito do Pará (Detran/PA) envolvidos no esquema.

Em seguida, outro servidor inserido no setor de arquivo do Detran/PA desviava os documentos decorrentes das transferências (CRV/CRLV), fornecendo-os a despachantes que, por sua vez, os entregam aos estelionatários responsáveis pela venda dos automóveis.

Alguns desses veículos ainda passavam por uma segunda transferência antes de serem oferecidos à venda, com o objetivo de fazer constar no CRV, como proprietário anterior, o nome de uma pessoa física em vez de uma locadora, dificultando, desse modo, a detecção da fraude.

“Com a posse dos automóveis e munidos dos respectivos CRV’s e CRLV’s legítimos mais identidades falsas, em nome das pessoas que figuram como proprietárias nos documentos, os estelionatários do grupo não tinham dificuldades de vender os carros a terceiros, que acabavam pagando valores próximos aos de mercado. Ao final, o lucro obtido era distribuído entre os principais atores dessa rede de delitos. Então o alerta da Polícia Civil ao cidadão é que antes de comprar um veículo, procure o histórico, a linha sucessória dele. É importante saber se ele é originário de locadora e ligar para a locadora para confirmar se de fato ele foi vendido ou se é objeto de fraude”, finalizou o delegado Kássio Viana.

As informações são de Sandoval Noticias, no programa Jornal da Vida

Fonte:  Faxaju

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