quinta-feira, 16 de maio de 2019

DHPP DETALHA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O ASSASSINATO DE UMA MULHER COM GOLPES DE MARRETA.


Na manhã desta quarta-feira, 15, durante entrevista coletiva, o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) detalhou mais informações sobre a investigação da morte de Ana Paula Jesus dos Santos, de 26 anos, assassinada com golpes de marreta. O fato ocorreu no último sábado, 11, no conjunto Dom Pedro, bairro José Conrado de Araújo, na cidade de Aracaju.

A delegada Luciana Pereira, presidente do inquérito policial, afirmou que o marido da vítima, Vitor Aragão, entrou em contradição várias vezes, principalmente com a ordem dos fatos, que não coincidiram com as provas da perícia técnica. “Inicialmente, com base em todas as oitivas e nas provas técnicas, tudo nos leva a crer que foi um feminicídio. Os depoimentos de testemunhas são no sentido de que ela tentava se separar do Vitor, mas ele nega”, afirmou a delegada.

Os peritos criminais buscaram vestígios que indicassem a presença de um terceiro envolvido no local do crime, mas não foram detectadas as possibilidades de escalada, rompimento de obstáculos, nem arrombamento. As controvérsias de Vitor sobre o latrocínio perdem mais força no local do crime, onde nada foi revirado ou retirado do espaço, enfraquecendo ainda mais seus argumentos.

Além disso, as provas de que Vitor estava na cena aumentaram quando foram encontrados vestígios de seu calçado na cama. “Sobre a cama em que a vítima foi encontrada existia uma pegada, que era do solado de um calçado. Ainda no local, fiz o confronto dessa mancha com o calçado que Vitor estava no momento e constatou-se, com precisão, que essa mancha era igual ao calçado do Vitor”, afirmou o perito criminal, Phillip Maia.

O suspeito também afirma que foi agredido com um tijolo na região da cabeça, porém o fato foi negado após o exame de corpo de delito. “Realizei o exame pericial de exame de corpo de delito no Vitor e, embora ele relatasse que recebeu uma tijolada na cabeça, eu não encontrei nenhuma lesão, nem sequer uma escoriação”, concluiu a necropsista, Solange Lima.

Por conta de tudo que já foi levantado, a delegada Luciana Pereira solicitou à justiça a prisão temporária de Vitor, que foi detido na terça-feira, 14. A detenção busca evitar a fuga do suspeito, bem como o bom andamento dos trabalhos do DHPP e da perícia.

Fonte e foto:  SSP/SE

Nenhum comentário:

Postar um comentário