terça-feira, 8 de outubro de 2019

MINISTÉRIO PÚBLICO ADVERTE ASSOCIAÇÕES SOBRE PROPAGANDA DE PROTEÇÃO VEICULAR EM SERGIPE.

Organizações não podem atuar como corretoras de seguro automotivo

Associação cria um fundo para cobrir os sinistros. Fotos: Will Rodriguez/F5 News

O Ministério Público de Sergipe (MP/SE) investiga a regularidade da atuação de associações de proteção veicular no estado. Em um dos inquéritos civis, instaurado pela Promotoria do Consumidor, a suposta disseminação de propaganda enganosa relacionando essas organizações a seguradoras foi alvo de denúncia que motivou audiência extrajudicial realizada nesta terça-feira (8). 

Segundo a promotora Euza Missano, constam nos autos do inquérito relatos de associados que afirmaram ter recebido anúncios levando-os a entender que se tratavam de seguradoras, o que implica numa relação consumerista que compromete a natureza associativista sem fins lucrativos, como indicam os estatutos das empresas investigadas. 

"Isso pode levar a induzir o consumidor a erro. Por isso, de forma preventiva, estamos alertando que uma cooperativa de proteção veicular não deve oferecer seguro", disse a promotora Euza Missano. 

Na audiência, os representantes das associações alegaram que essas publicidades não foram criadas por elas, tendo sido veiculadas por meio de terceiros, desconhecidos. Eles se comprometeram ainda a não utilizar qualquer tipo de material promocional que relacione suas atividades ao seguro automotivo. 

Atualmente, o segmento da proteção veicular movimenta cerca de R$ 4,5 bilhões, mas não possui uma regulamentação e atua com federações que são consideradas pelas associações como “padronizadoras” que normatizam a atividade. 

Na Câmara dos Deputados, tramita o Projeto de Lei 3.139/2015 que regulamenta a fiscalização e o trabalho dessas cooperativas. A proposta tramita em caráter conclusivo e deverá ser enviada ao Senado, a menos que haja recurso para ser analisada pelo Plenário. 

Uma nova audiência está agendada para esta quarta-feira (9), quando deve ser discutido o inquérito que tramita na Promotoria do Terceiro Setor. 

Fonte e fotos:  F5 News (Will Rodriguez)

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