terça-feira, 3 de março de 2020

EM TRIBUNA LIVRE DA CÂMARA DE VEREADORES DE ARACAJU, PROMOTOR DE JUSTIÇA FALA DA RELAÇÃO ENTRE POLÍTICA E RELIGIÃO.

Foto:  César de Oliveira

O promotor de justiça Perterson Almeida Barbosa utilizou a Tribuna Livre nesta terça-feira, 3, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para falar sobre a relação entre política e religião. “Em palestras e encontros comecei a sentir da doutrina e criar mais uma figura jurídica. Temos a figura do abuso do poder político, econômico, do poder midiático, mas faltava uma quarta figura que é o abuso do poder religioso que implica inclusive, na cassação dos mandatos eletivos”, justificou.

Perterson ressaltou que este é o tema de sua tese de Mestrado que faz uma análise e estuda relação entre religião e política. Durante seu estudo, o promotor fez uma digressão histórica estudou a relação entre as duas esferas e percebeu que desde o princípio religião e Estado sempre caminharam juntos.

De acordo com o promotor de justiça, nada impede que um líder religioso, por exemplo, ingresse na política o grande problema é o meio que ele utilizou para fazer política. “É isso que a justiça eleitoral tem que começar a atentar, conter e estabelecer limites e foi sobre isso que estudei nos últimos dois anos”, disse. Finalizando seu discurso, o promotor de justiça destacou que religião e política precisam caminhar separados, pois o voto não pode ser guiado ou trocado por algo.

Apartes

Após as explanações do orador da Tribuna, os vereadores da Casa se pronunciaram sobre o assunto. Elber Batalha Filho (PSB) parabenizou Perterson pela dedicação ao assunto e classificou a tese como interessante. Para o parlamentar, é importante saber qual papel da religião na vida dos políticos e da falta de necessidade individual de impô-las. “Tem igreja de bairro que negocia os votos do candidato em horário de culto. A Igreja católica atualmente adotou uma postura em que o religioso que quiser disputar uma eleição tem que se afastar para disputar eleição”, exemplificou.

Já Américo de Deus (Rede), disse que a CMA estava precisando desse tipo de debate. “O abuso religioso é que está desmistificando a próprio crer da pessoa e saber que esse Jesus Cristo nos dá a oportunidade de crescer com os ensinamentos de Deus. Mas não é pelo poder que você tem é pela sua capacidade de absorção dos seus ensinamentos”, opinou.  

O discurso de Cabo Didi (Sem Partido) foi para ressaltar que 90% da população brasileira é cristã  e falou do seu desejo que a bancada evangélica aumentasse para defender as famílias. “Concordo com o senhor no sentido que um pastor, por exemplo, se afaste para disputar uma eleição”, pontuou.

Para Emília Corrêa (Patriota) falar da importância política a igreja pode, o que não pode é falar de partidos. “Uma solução é boa desincompatibilização das igrejas. Uma preocupação minha é com relação a compra e venda de votos. Principalmente os pastores não deveriam ser candidatos, nem usar o púlpito como palanque”, opinou.

Contribuindo com o debate, Dr. Manuel Marcos (PSDB) disse ser cristão é algo muito simples: caridoso e ter coração aberto. “Não podemos permitir lavagem cerebral”, disse. Por fim, Fábio Meireles (Sem partido) parabenizou o promotor de justiça pelo estudo e que respeita seu posicionamento, mas que discorda em alguns pontos.  “Temos que tomar cuidado de cecear o direito da Igreja se posicionar na campanha. Não por um candidato A ou B, mas em mostrar qual o lado, o que está acontecendo”, frisou.

Fonte:  CMA (Viviane Cavalcante)

Um comentário:

  1. Querem impor uma ditadura dentro das igrejas?
    E o que acontece com nos sindicatos, onde os líderes são de esquerda e ainda utilizam o dinheiro para ajudar partidos de esquerda e nas universidades, que os professores de esquerda fazem lavagem cerebral nos alunos?
    Aí é liberdade de expressão, que inclusive não aceitam a implantação da ESCOLA SEM PARTIDO.
    Cara de pau desse promotor comunista !!!!
    ����
    Esse promotor tem prova que as igrejas vendem os votos dos fiéis?
    Isso é um canhota com raivinha ��

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