sexta-feira, 11 de setembro de 2020

SÃO CRISTÓVÃO: INÉRCIA DA ADMINISTRAÇÃO GEROU PROBLEMAS RELATIVOS À COLETA DO LIXO.


Parece que por falta de assessoria o prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana, entrou no imbróglio desnecessário às vésperas da eleição municipal. Por conta da licitação do lixo ter parado na Justiça, por conta de problemas na habilitação de várias empresas, a Prefeitura teve que fazer um processo emergencial na véspera do encerramento do contrato vigente, demonstrando total inércia da administração.

No processo está claro que: “a empresa proponente deverá comprovar, como condição de aceitabilidade da proposta, tendo em vista a necessidade imediata de execução dos serviços que dispõe de licenças ambientais imprescindíveis a execução dos serviços notadamente aquelas pertinentes aos resíduos sólidos urbanos, aos resíduos da construção civil, e aos resíduos de serviços de saúde.”

Na reunião da Comissão para abrir as propostas, a empresa que apresentou menor preço, a baiana CM Empreendimentos Administrativos, não apresentou as licenças e o representante disse que conseguiria as mesmas no outro dia. O responsável pela Comissão aceitou o argumento quando deveria ter desclassificado imediatamente a empresa, já que deveria comprovar as licenças junto com a proposta.

Para espanto de todos a Prefeitura esperou alguns dias pelas licenças e nada. Aliás, esperou do dia 03, data da reunião até o dia 09 à noite. Isto mesmo caro leitor, a noite. Como a empresa não conseguiu as licenças ainda à noite, por volta das 20h, foi enviado um e-mail para a segunda colocada, a LOC Construções e Empreendimentos para apresentar até às 9h do dia seguinte – 10/09 – com toda documentação para assinar o contrato, como foi feito ontem.

Ou seja, para uma foram dados quase seis dias, mesmo tendo a obrigação de apresentar no ato, para a outra pediram para assinar o contrato e levar toda documentação as 9h da manhã em uma convocação feita à noite.

Com certeza os vereadores da oposição e as autoridades responsáveis estão de olho nessa manobra frustrada que fere a imparcialidade administrativa. Aliás, sobre este assunto, todos que participaram da reunião da comissão tomaram conhecimento que o representante da empresa CM, de forma arrogante, disse que não tinha a licença, mas conseguiria no prazo de 24 horas num órgão ambiental. Ainda bem que em Sergipe os órgãos ambientais são sérios e coerentes, como a Adema na atual gestão, não se prestaria a este papel. Fontes internas, de alguns técnicos, confirmaram que o empresário tentou tirar a licença passando por todos os tramites legais de forma arbitrária, mas se deu mal com a seriedade do órgão.  O blog continuará com olhos e ouvidos dentro do órgão e da própria Prefeitura. 

Para camuflar inércia administrativa, Prefeitura jogou nota na mídia responsabilizando empresa

A documentação da prorrogação do contrato de 6 meses, cujo aditivo não foi feito para 2 meses e sim 60 dias, deixa claro que o referido serviço do aditivo acabaria no feriado de 7 de setembro. Para camuflar a inércia administrativa a Prefeitura jogou na mídia que a empresa abandonou o serviço, quando na verdade, foi falta de zelo administrativo que culminou com uma licitação na véspera do fim do aditivo. Aliás, a empresa ofendida deveria pedir direito de resposta em todos os meios de comunicação onde foi veiculada a inverídica versão da Prefeitura. A documentação é clara.

Na Justiça

Enquanto isso a licitação para vários anos está na Justiça porque várias empresas foram habilitadas com falhas gritantes. Este é o outro assunto que será tratado posteriormente. Pelo jeito não é só o lixo de Aracaju que fede, mas também o de São Cristóvão.

Fonte:  blog do jornalista Cláudio Nunes

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