sexta-feira, 4 de novembro de 2022

POLICIAL MILITAR SERGIPANO CONCLUI CURSO DE OPERAÇÕES POLICIAIS ESPECIAIS EM PERNAMBUCO, TORNANDO-SE UM "CAVEIRA".





Em março deste ano, o policial militar sergipano, Yure Andrei Nunes Dória, abandonou a sua zona de conforto e foi em busca do seu grande sonho: tornar-se um “Caveira”, termo que denomina os especialistas em Operações Especiais no Brasil. Para tanto, o soldado da Companhia Independente de Operações Policiais em Área de Caatinga (Ciopac) precisava superar os seis meses mais sacrificantes da sua vida, encarando os desafios propostos por um dos cursos policiais mais tradicionais do país, o 13º Curso de Operações Policiais Especiais (13º COPE), realizado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).

No dia 6 de outubro, data da solenidade do encerramento do 13º COPE, no Quartel do Comando Geral da PMPE, lá estava o militar Sergipano entre os 21 formandos que conseguiram o privilégio de cravar o brevê de operações especiais no peito.

Após seleção rigorosa de 234 agentes de segurança pública, o curso teve início no dia 28 de março, contando com 66 alunos matriculados, sendo que somente 21 conseguiram persistir até o fim e tornaram-se “Caveiras”. Além do sergipano Yure, 17 policiais de Pernambuco, um representante do Amazonas, um da Paraíba e um policial federal, superaram com êxito as etapas realizadas no estado de Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Brasília, totalizando uma carga horária de 1064 horas/aulas.

Para o soldado Yure, os desafios começaram logo após a inscrição, quando a sua mãe foi diagnosticada com câncer. “Inicialmente nós pensamos em abrir mão do curso, mas com uma cirurgia bem-sucedida, auxiliada pelo major Rodrigo Bicudo, o nódulo presente na mama dela foi retirado, foi o impulso necessário para renovarmos as nossas esperanças. Graças a Deus, alcançamos duas vitórias”. O militar explicou que o COPE foi iniciado em Pernambuco, no mesmo período em que o tratamento quimioterápico da sua mãe teve início, e foi essa a motivação extra que deu forças para que ele concluísse o curso.

Durante 178 dias, os alunos foram submetidos aos mais rigorosos treinamentos policiais, incluindo privação de sono, de alimentação e de água, além de cansativos testes físicos, diversas provas teóricas e práticas. Dessa forma, os alunos do Curso de Operações Especiais foram testados ao limite da exaustão física e psicológica, provando que são capazes de operar em situações de extrema dificuldade.

“A passagem de experiências e a abrangência de conhecimentos são essenciais para o nosso dia a dia, pois as provações são grandes. A distância da família, os desgastes físico, mental e emocional, foram obstáculos que eu precisei ultrapassar para me tornar um caveira. Para isso, foi necessário um elevado controle emocional e resistência para sobrepor a fadiga natural do corpo e ser altamente técnico e preciso. Todos esses fatores são forjas necessárias que muitos querem, alguns tentam e poucos conseguem, fazendo assim o diferencial do homem de Operações Especiais”, destacou o recém-formado.

Fonte:  PMSE

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