sábado, 11 de março de 2023

EXAMES PERICIAIS REALIZADOS EM STEFANY (16 ANOS) QUE MORREU NA BARRA DOS COQUEIROS DURANTE O CARNAVAL, APONTAM QUE A CAUSA FOI EM VIRTUDE DO CONSUMO DE COCAÍNA E ÁLCOOL.


Com os resultados dos exames periciais feitos pelos institutos de Análise e Pesquisa Forense (IAPF) e Médico Legal (IML), a Polícia Científica de Sergipe chegou à causa da morte da adolescente de 16 anos, Stefany Andreia Santos Nascimento, durante o Carnaval deste ano, no dia 21 de fevereiro, na Barra dos Coqueiros. Conforme o laudo pericial do IML, a vítima morreu por infarto agudo do miocárdio que foi induzido pela combinação da droga cocaína e de bebida alcoólica. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 10.

De acordo com os exames de toxicologia forense, o IAPF identificou a presença da substância entorpecente e ilícita Cocaína. Além dessa substância, os peritos verificaram que no sangue da vítima também havia a presença de Benzoilecgonina e Cocaetileno. Ainda nos exames feitos no sangue da adolescente, a perícia constatou a presença de álcool etílico, que é o álcool presente em bebidas alcoólicas.

Segundo o IML, quando há o consumo de cocaína associado à bebida alcoólica, o fígado combina as duas drogas e produz uma terceira substância, denominada Cocaetileno, que intensifica os efeitos euforizantes da droga, mas é extremamente prejudicial ao organismo e aumenta os riscos de morte súbita.

Ainda conforme o IML, durante o processo de metabolização da cocaína acontece a formação de diversos metabólitos que servem para indicar a frequência e o tempo de uso da droga. Segundo o IAPF, o primeiro metabólito a se formar é o metil ester ecgonina e em seguida, a Benzoilecgonina. Esta substância, quando em níveis elevados, indica que houve o uso contínuo e prolongado da droga cocaína, o que provavelmente aconteceu durante os dias do Carnaval e na hora em que a jovem teve a crise, já no final da madrugada.

Já no que se refere à coloração da pele, atribuído como agressões e ferimentos na adolescente, o IML esclareceu que as manchas encontradas no corpo são referentes à mudança de coloração da pele do corpo humano após sua morte, justamente em decorrência do acúmulo de sangue em partes do corpo pela ação da gravidade. Assim, a perícia reforça que por não haver circulação de sangue, esse se acumula de modo que passa a imagem de que seriam lesões na pele.

Diante dos exames periciais realizados, o IML concluiu a causa da morte como sendo choque cardiogênico secundário a infarto agudo do miocárdio induzido pelo uso combinado de cocaína e álcool etílico por um período prolongado. A Polícia Civil recebeu o laudo nesta quinta-feira (09) e agora trabalha na reta final para a conclusão do inquérito.

Fonte: SSP/SE

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