quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

TRÊS TIPOS DE COMANDANTE QUE SE DEVE EVITAR.


O Colado

Desde que ingressei na polícia ouvi a seguinte máxima: “comandar é correr riscos”. Na prática este chavão quer dizer que, em algum momento, aquele que se dispõe a liderar policiais deverá assumir posturas que podem lhe gerar ônus (desentendimentos políticos, desagrados a superiores etc), mas que garantirão o adequado encaminhamento da missão e a integridade de seus subordinados.
Muitos comandantes, entretanto, não possuem este desprendimento. Geralmente apegam-se exacerbadamente, de modo quase cego, a detalhes legais que garantem a omissão frente a necessidades e possíveis ajustes. O medo da indisposição política geralmente é o grande motivo das amarras admitidas por este tipo de profissional, que ignora as possibilidades e flexibilidades legais disponíveis comprometendo o bem estar de sua tropa. Neste contexto o serviço “não anda”, as evoluções não acontecem, o desconforto é máximo.

O Carrasco

Uma coisa é cumprir a lei, outra, distinta, é influenciar condutas visando enquadrar um profissional em determinada norma punitiva, enxergar qualquer iniciativa como potencial descumprimento da legislação e, mesmo em casos explícitos de irregularidade cometida, adotar posturas que humilham e desmerecem os profissionais. Principalmente no contexto das polícias militares, onde a visão disciplinar das coisas costuma prevalecer, é comum que certos comandantes adotem este perfil.
As consequências para o trabalho policial é a contraprodução, onde o clima de “caça às bruxas” tende a prevalecer, e cada passo dos policiais é calculado para não chamar a atenção disciplinar do superior.

O Desleixado

Estar em função de liderança exige responsabilidade, cuidado, dedicação. Deixar que o encaminhamento da execução de uma missão “corra solta” é não se importar com possíveis dificuldades que os subordinados sofram, ou com contingências que podem ser cruciais para que o trabalho dê certo. Muitas vezes, comandantes desleixados fazem emergir lideranças que acumulam os espaços vazios irresponsavelmente – sem o controle e as prerrogativas que o comandante de direito possui.
Chefes que seguem este modelo passam a contar com a sorte para que os objetivos sejam alcançados, e tem grande possibilidade de criar núcleos de privilégio e até boicote ao trabalho.
Você, policial (principalmente os militares), já se deparou com algum desses modelos de comando? Qual deles é mais prejudicial?
Fonte:  Abordagem Policial

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