terça-feira, 28 de janeiro de 2014

NADA CONTRA O PRÉCA.

Vou esclarecer uma coisa!

Não tenho nada contra esse tal de “precaju”, apenas sou contra o uso do espaço público para o interesse privado, espaço que era, e é usado para o lazer ou que serve para o trajeto casa/trabalho e trabalho/casa por centenas de aracajuanos que transitam pelas calçada e ciclovia da Av. Beira Mar que nessa semana começou a ser ocupada pelas estruturas dos camarotes. Bem, quem precisa usar esse trecho, arrisca a vida dividindo o pouco espaço que ainda sobra num pedaço da avenida, com os carros, motos e ônibus. 

Não sou contra os “foliões” que gostam de beijar nas bocas de desconhecidos ou conhecidos, que gostam de sofrer overdoses (sei lá de que), que gostam de trocar tapas e murros por conta de uma pisada no pé ou uma olhada estranha ou não, que gostam de ir para os hospital com ferimentos de facas ou com traumatismo craniano causado por uma queda do meio fio ou um empurrãozinho no bêbado chato.  

Nada contra quem transa nos banheiros químicos (isso pode até ser fetiche, vai saber), nas esquinas e nas ruas (motel lotado). Nada contra com quem "mija" na frete dos outros ou em si mesmo, com quem caga e limpa o rabo com a cueca, por mim, quero que todos se divirtam da melhor maneira, mas sem prejudicar o outro.

Agora querer que acredite que o "precaju" traz turista e gera emprego é querer que eu seja otário. Porra, a festa é no verão, todos os turistas gostam do verão do nordeste, todos querem sentir o ar de uma cidade que já teve o titulo de “Qualidade Vida”. 

Ai eu pergunto:
- O "precaju" deu esse titulo pra cidade?
- Claro que não! 

O que deu esse titulo foram os hábitos saudáveis dos aracajuanos, que vão ficar esse mês de janeiro PROIBIDOS de praticar por conta de uma estrutura montada sobre a calçada e ciclovia, estrutura essa que vai ficar até fevereiro, isso mesmo FEVEREIRO. Dessa vez, eu acho, que vamos ficar menos de 70 dias. 

Vamos lá, uma férias normal tem 30 dias, com 30 dias o turista poderia conhecer os hábitos da cidade, mas o turista se limita a orla pra ter hábitos saudáveis (isso se tiver segurança), lembrando que Aracaju não tem só a orla como ponto turístico, ai vem os três dias de festa. Situação: o turista está na orla curtindo com seus familiares, quando de repente é assaltado, esfaqueado ou sequestrados, cadê a segurança? Tá no "precaju"!

A segurança pública é OBRIGADA a marcar presença nessa festa particular. OBRIGADA, pense num trabalho bom, deve ser maravilhoso, e se não baterem ponto na festa, vão responder processo administrativo. Ninguém da família poderá precisar de sangue dos policias que estão “escalados”, o ministério Público PROIBIU doação de sangue desses homens e mulheres que fazem a segurança (isso no precaju 2013).

"Aos policiais militares, foi recomendado que, caso sejam escalados pelo Comando, cumpram as escalas de serviço, ordinárias ou extraordinárias. Além disso, não devem doar sangue ou praticar quaisquer outros atos que pareçam legítimos, mas justifiquem ilegalmente a falta ao serviço nos dias do Pré-Caju e mascarem o real intuito de boicotar o policiamento ostensivo da festa, como forma de pressionar o Governo estadual a acatar reivindicações da categoria." Jornal de Sergipe

Sugestão: procurem um lugar longe, que não atrapalhe a vida dos outros, que não faça com que centenas de pessoas corram risco de vida. Copiem o ODONTO, longe de tudo e com segurança privada... Mas ai tem as blitz, desvio de ruas, transtornos novamente, mas deve ser menor que os do pré-caju.


Já que a galera gosta de correr atrás do trio, faz o seguinte, compre um terreno grande com milhares de metros quadrados, criem estacionamentos, façam uma pista circular de 5km e pronto! Taí o precaju. Festa privada num lugar privado!

E ai, Pré-caju pra quem?

Fonte:  Blog do Rafael Barbosa

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