sábado, 30 de abril de 2016

REVOLTA NO BARRO BRANDO: DESUMANIDADE E ASSÉDIO MORAL DESENCADEIAM DEPRESSÃO E SUICÍDIO DE CADETE, QUE NEM SEQUER PÔDE SER VELADO PELOS COLEGAS DE ACADEMIA.


———- Mensagem encaminhada ———-
De:
Data:
Assunto: mais um escândalo na academia do barro branco
Para: dipol@flitparalisante.com

olá,

gostaria que o texto a seguir fosse publicado em seu blog pois o comando da academia é extremamente sensível a este veículo q tem sido um canal aberto e eficaz de denúncia dos absurdos que aqui praticam.

"Com a sensibilidade de um cavalo

O dia 25 de abril ficará marcado como um dia sombrio para os cadetes do curso de formação de oficiais da polícia militar do estado de São Paulo.

hoje o cadete Maximilian foi encontrado morto em seu carro após ter cometido suicídio. Um rapaz jovem extremamente amável daquele tipo gente boa amigo de todos e sem desafetos. Ele tinha problemas no ambiente doméstico mas era neto de um falecido policial civil e seguindo os passos do avô ingressou na PM.

Recentemente o cadete por sua personalidade aberta e em desacordo com a vaidade do comando, vinha sendo extremamente penalizado com mais de 25 observações disciplinares (realizadas
por oficiais) enquanto a média de seus colegas é de 6. Ele também somava quase 360 horas de licenciamento escolar cassado
ou seja, em um regime de internato como o da academia no qual os cadetes vão para casa apenas aos finais de semana, o cadete Maximilian ficou 360 horas desses finais de semana, “preso” na academia sem poder retornar ao lar, em decorrência dessas observações disciplinares.

essa penalização excessiva só piorou, depois que o cadete Max tentou pedir o desligamento do curso pois acreditava não ser essa sua vocação. Ele foi desencorajado pelos oficiais e após desistir de pedir baixa foi muito mais fiscalizado como forma de repressão!

curiosamente o cadete era da 1a companhia comandada pelo Cap PM Risi, velho conhecido deste blog, muitas vezes citado aqui como um comandante ríspido que promove abusos.

Não bastasse a tragédia desse suicídio, o que o sucedeu na academia foi ainda mais revoltante!

por volta das 9 horas a notícia do ocorrido foi oficialmente transmitida aos cadetes, e então, como se nada tivesse acontecido, como se inúmeros amigos e colegas próximos, que com ele conviveram, não estivessem devastados com a notícia de que aquele amigo com quem convivemos dia e noite por 3 anos havia se matado. A academia manteve suas atividades ordinárias a comando do coronel Celso Luiz Pinheiro como se os alunos tivessem cabeça para assistir às aulas! Como se não houvesse luto! Completa falta de noção! De humanidade! De sensibilidade… Afinal o cavalariano Celso trata seres humanos como tratava os cavalos…

Mas o pior ainda estava por vir. A frieza e a desumanidade do Coronel Celso ainda iria nos surpreender.

Após o fim das aulas, às 17h o Coronel mandou por a escola em forma para ouvi-lo. Confesso que nem Dilma Rousseff teria feito um discurso tão infeliz e desastroso. Com palavras frias e insensíveis ao ponto de serem violentas, dado o estado de fragilidade dos cadetes abalados, saímos de lá extremamente ofendidos e Inconformados! O infeliz rotulou a atitude do cadete Maximilian como covarde!!! Imagine ouvir alguém chamando seu amigo q que acaba de morrer de covarde! O maldito nem sabia o nome do nosso amigo, teve a pachorra de perguntar ao microfone “Qual era mesmo o nome do menino? Maximilian né?!” é claro que ele não o conhecia nem deu importância ao nome daquele que falecera pois uma marca deste Coronel é não se importar genuinamente com pessoas.

Além de chamar o cadete Maximilian de covarde, o Coronel Celso chocou ainda mais os atônitos cadetes dizendo que suicídio “é algo estúpido” e que não é a melhor forma de resolver as coisas.

Durante a seção de ofensas generalizadas, o Coronel transpareceu estar mais preocupado em desestimular possíveis futuros suicídios durante sua gestão (o que complicaria seu futuro político na instituição e na reserva) do que confortar os cadetes. Foi vergonhoso, nojento e revoltante.

Pra fechar com chave de esterco, apenas alguns da turma do cadete foram liberados para estarem presentes no enterro. A maioria teve que assistir mais aulas na manhã seguinte, enquanto suas mentes e seus pensamentos se encontravam no enterro do amigo que não puderam sequer atender.

estamos desolados…
A Academia precisa desesperadamente de um ser humano no gabinete do comando.”

Fonte:  Jornal Flit Paralisante

2 comentários:

  1. Esses castelos do mal, que são essas escolas de oficiais de polícia, são ambientes assustadores... eu próprio sobrevivi ao holocausto de uma delas, ao ser desligado do curso de formação de oficiais, faltando 24 horas para ser declarado aspirante: o propósito sádico era me ver no crime, nas drogas, no alcoolismo ou suicídio: perderam o tempo: estou melhor hoje do que se lá estivesse; aliás, vou ser sincero: é mais fácil virar marginal ficando na polícia do que saindo dela...

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  2. Aproveito e agradeço o espaço concedido para mandar uma sincera mensagem ao pai do cadete que foi "suicidado" em Barro Branco: tenha-me como o o filho que o senhor perdeu para essa elite fardada e escroque, pois afinal eu sobrevivi ao holocausto da APM da Bahia, ao ser desligado do CFO, faltando 24 horas para ser declarado aspirante a oficial;

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