sábado, 12 de agosto de 2017

MENOS POLITICAGEM E MAIS GESTÃO, EM TODOS OS NÍVEIS DE GOVERNO.


O título acima é de um artigo de Philipp Schiemer (presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina) publicado no jornal Valor Econômico do fim de semana que tem pontos que merecem reflexão sobre o país, a economia e as atitudes dos políticos. A reflexão serve também para os governos estaduais e municipais:

A política brasileira, infelizmente, gira em torno das mesmas pessoas. Com a elevada carga tributária imposta à sociedade, são financiadas a ineficiência e a corrupção, que se perpetuaram na máquina administrativa, em vez de serem realizados investimentos tão necessários para o futuro.

Como resultado, o Brasil empobreceu nos últimos anos e atrasou em uma década. O país tem quase 14 milhões de desempregados, perdeu o grau de investimento, tem os juros mais altos do mundo, deficiências enormes em infraestrutura, saúde, educação e segurança e opera com alta ociosidade industrial. E o pior: tem perdido a confiança dos brasileiros e também de investidores nacionais e internacionais. Fico perplexo que ainda existam pessoas defendendo este sistema. Temos que acordar - e logo - para essa realidade que nos deixa um legado catastrófico.

Para mudar, é necessário escolher candidatos comprometidos com a causa política, mas, principalmente, com o crescimento econômico. Precisamos, logo de início, de uma reforma política que diminua o número de partidos no Congresso e que defina regras claras para o financiamento de campanhas. Vamos escolher menos políticos e mais gestores, e cobrar resultados dos responsáveis porque o Brasil tem problemas a resolver.

Primeiro, o país precisa reconquistar a credibilidade entre a população e os investidores. Mais investimentos virão se as empresas tiverem uma visão de médio e longo prazo e a certeza de que os contratos firmados serão honrados.

Assim, o ponto de partida deve ser o equilíbrio das contas públicas. Como os impostos já são elevados - como o dos combustíveis, que acabam de passar por novos reajustes, causando o aumento dos preços de transporte e provavelmente também dos produtos consumidos pela população -, a lição de casa básica é reduzir as despesas. Mas não enxugar os investimentos em educação, saúde e infraestrutura.

Enfim, ao Brasil, menos politicagem e mais gestão. Uma gestão eficiente, transparente e que concentre os recursos públicos no que de fato importa: educação, saúde, segurança e infraestrutura. Sem esquecer de um sistema tributário mais justo e simples, uma legislação trabalhista que incentive a criação de empregos, um sistema previdenciário que atenda a realidade demográfica do país e de uma reforma política que vise, de fato, um projeto para o país e não um projeto de poder.

Vale uma reflexão, principalmente para a classe política.

Fonte:  Blog do jornalista Cláudio Nunes

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